A pedido do MP, conselheira tutelar é afastada do cargo

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O Juízo da Vara da Infância e Juventude de Araucária determinou na última terça-feira, 19 de janeiro, que a conselheira tutelar Fabíola Cristina da Silva Karas, seja afastada do cargo, bem como tenha sua remuneração suspensa. A decisão é liminar e foi concedida em ação civil pública impetrada contra ela pelo Ministério Público do Paraná.

Na ação, movida pela 2ª Promotoria da Infância e Juventude de Araucária, do qual é titular o promotor David Kerber de Agui­ar, a conselheira é acusada de não ter respeitado as regras do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, rea­lizado no dia 4 de outubro do ano passado. No dia, a então candidata a conselheira teria efetuado o transporte de eleitores de suas casas até o local de votação.

A denúncia de transporte de eleitores teria chegado ao conhecimento do Ministério Público no próprio dia da votação. Na ocasião, o titular da 2ª Promotoria de Infância e Juventude da cidade, responsável pela fiscalização do processo eleitoral, teria feito abordagem ao veículo e constatou que em seu interior havia material de campanha da candidata. Para piorar a situação, quem dirigia o veículo seria um adolescente.

Diante da gravidade dos fatos, o Ministério Público pediu que, ao final da tramitação do processo, a conselheira seja destituída do cargo, sendo, inclusive, declarada inelegível. Conforme apurado por nossa reportagem, os autos tramitam em segredo de justiça por conta do suposto envolvimento do adolescente, que é quem dirigia o carro que estaria fazendo o transporte de eleitores.

Surpresa

Questionada sobre o assunto, Fabíola disse que ficou muito surpresa com a decisão de seu afastamento, já que, em seu entendimento, o fato alegado pela MP na ação já havia sido resolvido. “Eu tenho certeza de que não fiz nada ilícito, tenho certeza da minha idoneidade, tanto é que este é meu terceiro mandato como conselheira. Tenho convicção de que tudo será esclarecido e provarei minha inocência”, afirmou.

Ainda segundo ela, nos próximos dias seu advogado deve entrar com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná para que, enquanto o processo caminha, ela possa retornar ao cargo de conse­lheira. “Como cabe recurso, meu advogado já está com a documentação, vai analisar e dar entrada aos trâmites necessários para recorrer dessa injustiça”, finalizou.

Suplente

Com o afastamento de Fabíola, sua vaga no Conselho Tutelar será assumida pelo sétimo lugar nas eleições realizadas em outubro: Jeferson Ophis.

Texto: Raquel Derevecki

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