Apesar de reclamação de atuais funcionários do HMA, novo PSS é uma exigência legal

Foto: divulgação
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Apesar de reclamação de atuais funcionários do HMA, novo PSS é uma exigência legal
Fase de comprovação de informações e entrevistas está sendo realizada esta semana na Unifacear

 

A semana foi de muita reclamação dos atuais funcionários do Hospital Municipal de Araucária (HMA). Isto porque eles teriam sido informados pela direção do INVISA, instituto que venceu a concorrência para gerir a unidade hospitalar, que só seguiriam trabalhando no local os aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS) lançados há alguns dias.

A informação revoltou muitos dos atuais funcionários. Isto porque teria havido um compromisso de que, mesmo com a mudança da entidade gestora do HMA, eles seriam mantidos nos empregos. O problema é que o edital de concorrência para escolha da organização que iria gerir o Hospital estipulou que a vencedora da disputa teria que realizar teste seletivo para definir a contratação de funcionários, de modo a garantir que qualquer pessoa pudesse se inscrever para as vagas.

De acordo com um dos diretores do INVISA, Denner Ornellas Cortat, jamais houve por parte do instituto a garantia de que todos os servidores seriam simplesmente recontratados. “Tanto é que fizemos inicialmente um contrato temporário de 45 dias com todos que já estavam trabalhando aqui para que pudéssemos organizar esse processo seletivo, que foi amplamente divulgado até para que o maior número de pessoas possíveis pudesse participar”, ponderou.

Ainda segundo ele, a divulgação foi tão eficiente e correta que mais de doze mil pessoas se inscreveram. “Divulgamos a relação de convocados esta semana, sendo que estas pessoas – é bom deixar claro – foram chamadas para apresentar e comprovar que as informações prestadas quando do preenchimento da inscrição pela internet eram verdadeiras”, acrescentou.

Denner explicou que essa fase de checagem serve para peneirar eventuais inscrições em duplicidade ou mesmo casos em que a pessoa informou qualificação ou experiência que não possui. “Toda esta fase de entrevistas está sendo feita ao longo desta semana na Unifacear. Lá, as pessoas apresentam a documentação e conversam com o nosso pessoal de recursos humanos. Se forem consideradas aptas, serão contratadas. Agora, se, por ventura, não conseguirmos chegar ao número de funcionários que precisamos faremos uma segunda chamada e assim por diante”, afirmou.

O diretor do INVISA ainda quis explicar algumas das informações que foram divulgadas ao longo da semana sobre o Instituto. Acerca das acusações de que a empresa possui várias ações trabalhistas contra si tramitando na Justiça do Trabalho, ele disse que a organização tem hoje cerca de três mil funcionários, espalhados em quatro estados. “Até pelo número de funcionários que temos, é natural que tenhamos ações trabalhistas. Não desejamos e fazemos o possível para não termos esses litígios judiciais, mas é algo que acaba acontecendo”, disse.

Questionado sobre denúncias de que teria havido falta de medicamentos para os pacientes neste início de gestão, ele afirmou que isto não aconteceu. “Obviamente, até por estarmos no início de nossa operação, os estoques estão sendo abastecidos agora. Então, não temos o estoque completo, mas não houve falta de medicação para nenhum paciente”, garantiu.

Denner ainda rebateu a informação de que os funcionários que foram contratados temporariamente e que não continuarão por não terem sido selecionados no PSS serão prejudicados com a perda do seguro desemprego. “A lei permite que esses profissionais requeiram o seguro desemprego em caso de contratação temporária inferior a 45 dias. Então, quem trabalhava no HMA pelo antigo instituto, que firmou contrato temporário com a gente e que não vai seguir por conta do não aproveitamento no PSS poderá sim requerer o seguro desemprego”, analisou.

Por fim, ele deu a sua versão para as informações de que ele teria sido preso em razão de uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga irregularidades em contratos do INVISA na cidade de São Fidelis. “Houve esta situação e tão logo soube da ação eu mesmo me apresentei. Hoje estamos respondendo ao processo e temos convicção de nossa inocência. Tanto é que já conseguimos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o trancamento da ação penal com relação a algumas das imputações que nos eram feitas. Já com relação as demais, provaremos a nossa inocência”, finalizou.

Apesar de reclamação de atuais funcionários do HMA, novo PSS é uma exigência legal
Edital de concorrência para gerir HMA previa que contratação de funcionários precisaria ser feita por meio de PSS

 

 

Texto: Waldiclei Barboza

Foto: Everson Santos

Publicado na edição 1127 – 23/08/18

Compartilhar
PUBLICIDADE