Caso do cão arrastado por moto foi parar na Delegacia

Imagens de uma câmera de segurança flagraram o ato cruel das duas mulheres. Foto: divulgação
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Caso do cão arrastado por moto foi parar na Delegacia
Imagens de uma câmera de segurança flagraram o ato cruel das duas mulheres. Foto: divulgação

 

O vídeo de um cachorro amarrado com uma corrente, sendo arrastado por duas mulheres em uma moto, no Jardim Maranhão, viralizou nas redes sociais e provocou muita revolta entre os araucarienses. O fato aconteceu no dia 5 de março e, após o vídeo filmado por uma câmera de segurança ter ido parar nas mãos de duas protetoras independentes, virou caso de polícia. Testemunhas contam que tentaram parar a moto e socorrer o animal, mas não tiveram sucesso.

“Quando recebemos o vídeo e nos deparamos com tamanha crueldade e frieza das duas mulheres, com um ato nunca presenciado em nossa cidade, ficamos chocadas e sem saber o que fazer. Mas com a cabeça fria, agimos pela razão. Eu e uma colega protetora procuramos a advogada Pâmela Camargo, que sempre apoia a causa animal, que assumiu o caso, nos orientou e deu suporte jurídico”, contou a protetora. Ela relata ainda que, ao ter acesso à placa da moto, repassada por uma das testemunhas, a proprietária da moto foi localizada e as protetoras, com apoio da Guarda Ambiental e da advogada, foram até seu endereço, onde resgataram a cadela de porte grande, mestiça pitt bul, que estava bastante machucada. O animal foi encaminhado para um lar temporário e já recebeu os primeiros cuidados.

A advogada Pamela explicou que o resgate da cadela aconteceu no sábado, 9, mas antes disso, na sexta-feira, 8, as protetoras registraram um boletim de ocorrência, na sequência levaram o caso ao conhecimento do Ministério Público para as providencias cabíveis, e também comunicaram a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). Outra iniciativa das protetoras foi a criação de uma petição pública on line (https://peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR111083&fbclid=IwAR00LJtFoh1s03_QdlbILQFoTki4QeXAykWeQrXwfr_xCuBqeviLqcuPXk0), onde as pessoas contrárias ao ato praticado pelas duas mulheres podem manifestar seu repúdio.

“Já tomamos todas as providências cabíveis judicialmente e extrajudicialmente. Por mais que seja um crime de menor potencial ofensivo, que possivelmente a punição não seja a ideal, precisamos repercutir para que a população entenda que aqui em Araucária casos como esse, de maus tratos, não serão tolerados. As pessoas não podem se calar quando presenciarem casos semelhantes, pois apesar de não serem tão severas como deveriam, as atuais leis a respeito de maus tratos contra animais já têm trazido resultados ”, orientou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1154 – 14/03/2019

Compartilhar
PUBLICIDADE