Como foram os candidatos apoiados pelos edis?

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Numa das peças publicitárias feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de conscientizar o eleitor a exercer o voto com responsabilidade, aparece um político eleito praticando um monte de atos inconvenientes, os quais são reprovados pelas pessoas de uma maneira geral. Nesta mesma peça, há uma personagem constrangida com as atitudes do político. Seria esta a cidadã que elegeu o inconveniente. Sucintamente, com a peça, o TSE quis passar a seguinte mensagem: os eleitores são, de certa forma, responsáveis pelas atitudes tomadas por seus candidatos casos eles sejam eleitos.

Justamente por isso, O Popular elaborou a tabela ao lado. Ela mostra quem os vereadores locais apoiaram na disputa pelos cargos de deputados estaduais e federais, quem foi eleito e quem não foi. Com ela, o araucariense pode monitorar o trabalho que esses parlamentares estão exercendo na Assembleia e na Câmara Federal e caso eles pisem na bola cobrar dos edis o apoio equivocado. Do mesmo modo, se esses fizerem um bom trabalho, pode-se também elogiar seus cabos eleitorais locais pela indicação.

A tabela ao lado serve também para, sem base científica, obviamente, avaliar se o trabalho feito pelos vereadores rendeu bons frutos para os seus preferidos. Para o levantamento, nossa reportagem considerou o apoio declarado pelos onze vereadores e pelo suplente Alexandre Gotfrid (PT), que durante boa parte do pleito eleitoral esteve na Câmara, deixando o posto somente em 1º de outubro quando Clodoaldo Pinto Junior (PT) retornou à Casa.

Ao todo, o apoio dos doze parlamentares foi dividido entre sete candidatos a deputado estadual. Destes, contabilizados os votos, apenas três se elegeram. A que mais recebeu adesões foi Adriana Cocci (PTN), com três edis trabalhando por ela, além dela própria. Isso lhe rendeu 6.028 votos em Araucária. Logo, numa média sem base científica, é como dizer que cada um foi responsável por 1.507 votos. Outro candidato com muitos apoios foi Artagão Junior (PMDB), que teve três parlamentares em seu palanque. Na cidade, ele teve 2.238 votos e isso representa uma média de 746 por cabeça. Como os demais candidatos receberam o apoio de um único vereador, a conta não carece de média.

Já no caso da disputa para deputado federal, o apoio dos vereadores foi rateado entre dez candidatos, sendo que cinco se elegeram. Os únicos na corrida que receberam apoio de mais de um edil foram Ângelo Vanhoni (PT) e Denilson Pestana (PT) e nenhum deles se elegeu. Chama a atenção também o fato de os dois candidatos a deputado federal mais votado em Araucária não terem recebido o apoio formal de nenhum representante do parlamento municipal. O primeiro foi Takayama (PSC), que recebeu só aqui 5.779 votos. A segunda foi Christiane Yared (PTN), com 4.655.

Essa coletânea de dados levantada pelo O Popular não significa necessariamente que todos os votos obtidos pelos candidatos apoiados pelos vereadores locais foram conferidos por indicação destes. Se fosse assim, por exemplo, Paulo Horácio (SD) não teria menos votos para si do que para Fernando Francischini (SD), apoiado por ele para a Câmara Federal. Independentemente disso, porém, vale a pena conferir a tabela.

Texto: Waldiclei Barboza com informações de Iohana Camargo

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