É preciso encarar o problema

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Se o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB) fosse um dentista e fosse procurado por paciente reclamando de dor no canal deste dente, ele apenas receitaria um forte analgésico e mandaria o sujeito para casa. Isso porque não iria querer desagradar o paciente causando uma dor maior ainda para aplicar a anestesia e efetuar os demais procedimentos para tratar o bendito do canal inflamado da maneira correta.

É uma analogia meio bobinha, mais cai como uma luva para o modo como a Prefeitura vem lidando com a questão do NIS 24 horas, fechado desde dezembro passado. Acompanhem conosco: na gestão que antecede a atual foi construída uma segunda unidade de atendimento 24 horas, a UPA do jardim Planalto, com dimensões e capacidade para atender uma cidade de até 300 mil habitantes. Além dela, ainda foi implantado o Pronto Atendimento Infantil (PAI) nas antigas instalações do Hospital São Vicente de Paulo. Numa realidade adequada, apenas se a UPA funcionasse direito seria mais do que suficiente para suprir as necessidades de Araucária.

Mas uma realidade adequada não parece animar os políticos locais, que preferem construir ou adaptar estruturas sem se preocupar em como esses espaços serão administrados. Foi o que aconteceu no caso dos 24 horas. Ao invés de unificar e melhorar o atendimento de urgência e emergência num único local criaram outros dois. Resultado, nenhum deles nunca funcionou ou funciona direito.

Sem condições de manter os três, a solução foi providenciar a “reforma” de um deles, mesmo não havendo qualquer tipo de projeto neste sentido. A reforma, na verdade, parece não passar de uma desculpa para resolver aquilo que faltou coragem para encarar: não havia razão técnica e nem dinheiro para que fosse mantido três 24 horas em funcionamento.

A matéria que abre nossa página cinco não tem como objetivo acelerar as obras de reforma do NIS. Muito pelo contrário, desejamos é que nossos gestores sejam sinceros e admitam que a ideia não é reabrir aquele local, simplesmente porque a cidade não precisa dele. Precisa é de atendimento de qualidade e com a agilidade necessária no local adequado. Só isso. Pense nisso e boa leitura.

Compartilhar
PUBLICIDADE