Quem passou pelas proximidades da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) na madrugada da última sexta-feira, 23 de julho, percebeu uma movimentação incomum. Isso aconteceu devido ao protesto realizado por 200 funcionários da companhia de Araucária com o objetivo de alertar a categoria a respeito dos cortes de custos previstos pela empresa.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Petrobras (Sindipetro), esses cortes devem chegar a 89 bilhões de dólares em investimentos e despesas, ou seja, podem causar centenas de demissões e ameaçam a sobrevivência da empresa como estatal. Por isso, a campanha do grupo apoiou o cancelamento do plano de desinvestimentos e venda de ativos, a recomposição do efetivo de trabalhadores próprios e a retomada das obras suspensas, como o Comperj, a Fafen-MS e parte da Refinaria Abreu e Lima (PE).
Ainda segundo o Sindipetro, a greve iniciou na quinta-feira por volta das 23h30 e afetou as áreas de manutenção e produção de refino de petróleo da empresa, pois não houve troca de turno, e os trabalhadores precisaram trabalhar por mais de 16 horas seguidas.
Já a Petrobras, por meio de nota, informou que as atividades da empresa permaneceram dentro da normalidade, “sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores”. Além disso, ela afirma que tomou todas as medidas necessárias para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado.
Texto: Raquel Derevecki / Foto: DIVULGAÇÃO