Moradores transformam terreno em lixão

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Os terrenos, aparentemente baldios, são um chamariz para os porcalhões
Os terrenos, aparentemente baldios, são um chamariz para os porcalhões

larva 5 - Cópia
Boa parcela da população de Araucária ainda precisa de mais educação no que diz respeito ao lixo doméstico. Vizinhos de terrenos baldios ou loteamentos são as principais vítimas dessa falta de bom senso. Um exemplo é o Loteamento Uirapuru, entre as ruas Maranhão e Manoel Ribas, no bairro Costeira, que fica próximo do local onde está sendo construída uma nova loja do supermercado Condor.

Moradores da região entraram em contato com a redação do O Popular, alegando que estão revoltados porque o terreno está se transformando num verdadeiro depósito de lixo. De acordo com uma das denunciantes, algumas pessoas parecem não se incomodar em jogar dejetos na rua, mesmo sabendo que isso poderá acarretar problemas de saúde para elas mesmas. “É preciso cobrar mais disciplina e organização da empresa responsável pelo empreendimento. O terreno está praticamente abandonado e se eles não tomarem uma providência, isso aqui poderá trazer problemas mais sérios como a transmissão de doenças e invasão de roedores e aves”, reclamou.

Sobre o problema, o secretário de Meio Ambiente, Hino Dirlei Falat Pereira de Souza, explicou que de fato o loteamento é aberto, não tem muro ou outro tipo de contenção, e isso tem permitido que as pessoas joguem lixo livremente. “Aquele terreno se tornou um transtorno para o Município, inclusive já notificamos o proprietário, no caso a Imobiliária São Paulo, mas eles não tomaram providências. Assim fica cômodo, as imobiliárias abrem os loteamentos e a Prefeitura que se dane em cuidar da limpeza. Nós temos executado serviços de limpeza no local constantemente, colocamos a Patrulha Ambiental de plantão, mas os sujões esperam o momento em que a viatura sai para jogar lixo”, disse o secretário.

Ações em vão

A Secretaria do Meio Ambiente também já sugeriu à imobiliária, fechar as quadras ou instalar câmeras para flagrar os transgressores. Outra medida adotada foi a colocação de pla­cas proibindo jogar lixo, mas as mesmas foram ignoradas e derrubadas. “É lamentável saber que nossa cidade, que é 100% atendida pela coleta de lixo, ainda tenha problemas como esse. É deplorável saber que ainda existem pessoas que preferem sujar a cidade ao invés de ligar para a SMMA e solicitar o serviço de coleta”, lamentou Dirlei.

Interrogada sobre o pro­blema, a Imobiliária São Paulo rebateu a fala do secretário do Meio Ambiente, alegando que o loteamento já está sob res­ponsabilidade da parceira AZ Imóveis e esta já teria soli­citado à Prefeitura a limpeza das calçadas ao redor do loteamento e não foi atendida.

“Uma parte do terreno em questão seria do próprio Município e por isso eles deveriam se responsabilizar pela limpeza da área. A falta de muro ou cerca no loteamento não é a principal dificuldade. O maior pro­blema está na falta de educação do povo, que insiste em jogar lixo em uma área de domínio particular”, disse a imobiliária.

FOTOS: MARCO CHARNESKI

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