Motoristas de ambulâncias dizem: “não há esquemão”

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Motoristas de ambulâncias dizem: “não há esquemão”
Setor de ambulâncias segue sob investigação e coordenador foi afastado

Na terça-feira, 6 de maio, nossa reportagem esteve na sede da Central de Remoção de Pacientes da Secretaria de Saúde. Popularmente conhecida como Central de Ambulâncias, o setor é alvo de uma série de denúncias, envolvendo o pagamento de horas extras desnecessárias e, talvez, sequer feitas.

Na oportunidade, o coordenador da Central, Altevir Rodrigues, afirmou que as denúncias que pesam sobre o setor não tem qualquer fundamento. Ainda segundo ele, todas as horas extras feitas pelos motoristas foram sim executadas. Altevir ainda destacou que todo o trabalho realizado pode ser conferido por qualquer pessoa, pois tudo ali é feito de forma transparente. Ele ainda fez questão de ressaltar que, além das quatro ambulâncias brancas, os motoristas ainda são os responsáveis por dirigir um dos veículos que atendem as chamadas do SAMU, um micro-ônibus, que faz o transporte de pacientes entre Araucária e hospitais de Curitiba, um veículo tipo Van que atende os araucarienses que precisam fazer hemodiálise em Campo Largo, um carro que fica à disposição do Pronto Atendimento Infantil e outros dois automóveis que atendem a área rural da cidade. Ou seja, no total, são dez veículos sob a responsabilidade da Central.

Altevir e outros motoristas que estavam na Central quando estivemos por lá também ressaltaram que só em abril os dez carros da Central fizeram 5.084 atendimentos, percorrendo cerca de 35 mil quilômetros. Outra informação repassada foi a de que dos 41 motoristas lotados no setor, três executam serviços administrativos. Há ainda ali quatro telefonistas e cinco profissionais de enfermagem, totalizando cinquenta funcionários.

O coordenador ainda afirmou que os motoristas têm curso de socorrista e, muitas vezes acabam realizando trabalhos que nem são os deles, tudo para atender da melhor forma a comunidade. Altevir admitiu também que em alguns casos dois motoristas vão fazer o mesmo atendimento numa única ambulância, mas isso só aconteceria naquelas situações em que é preciso um apoio e porque não há profissionais de enfermagem em número adequado para cada veículo.

Sobre as horas extras, ele disse que a própria escala seguida pelo setor acaba gerando-as e que, em média, cada motorista lotado ali faz 40 extras mensais. Altevir admitiu também que essas horas quase que fixas são sim um chamariz para atrair profissionais para o setor. “Se acabarem com essas extras quero ver quem vem trabalhar aqui. Porque na Central nós temos que trabalhar diretão, não tem ponto facultativo, feriado e nem nada do tipo”, argumentou.

Sobre o fato de estar respondendo como coordenador, sem oficialmente o ser, ele disse que já pediu para que a Secretaria de Saúde regularizasse a situação e que ele quer ficar no cargo sem receber para tal, mas mantendo a função gratificada de ambulância no valor de R$ 500,00 e a possibilidade de fazer horas extras.

Motoristas de ambulâncias dizem: “não há esquemão”
 

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