Cerca de 40 famílias terão que deixar terreno no Boqueirão

Policiais e oficial de justiça conversam com moradores para explicar a situação
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Cerca de 40 famílias terão que deixar terreno no Boqueirão
Policiais e oficial de justiça conversam com moradores para explicar a situação

 

As cerca de 40 famílias que ocupam um loteamento localizado na Rua João Domingues, no bairro Boqueirão, terão que deixar os imóveis nos próximos dias. Conforme determinação judicial, a Polícia Militar de Araucária, com apoio de outras guarnições, deverá cumprir uma reintegração de posse da área, que é particular. Na tarde desta segunda-feira, 30 de outubro, representantes da PM, um oficial de justiça e uma assistente social estiveram no loteamento, estipularam um prazo e orientaram as famílias a desocuparem as casas por bem, para que não seja necessário o uso das forças policiais.

Segundo apurado pela nossa reportagem, o mandado de reintegração de posse, que é de 2013, deverá ser cumprido logo após o feriado de Finados, 2 de novembro. Ainda conforme apurado, a área em questão é uma ocupação irregular e, no momento, a Prefeitura não teria condições de realocar as famílias de imediato, já que muitas no município encontram-se em situação semelhante, e também porque é preciso respeitar a fila da Cohab.

As famílias alegam que compraram os lotes e que, inclusive, possuem documentos que comprovam a transação. “Moramos aqui há cerca de cinco anos, compramos os terrenos de um familiar da proprietária, quando lá atrás teve um ‘rolo’ de separação de bens, temos inclusive os documentos de compra dos lotes. Agora querem nos tirar daqui alegando que vão cumprir uma reintegração de posse. Queremos negociar com a proprietária, nem que tenhamos que pagar de novo pelos terrenos, porque nenhuma família aqui tem pra onde ir”, comentou Moisés Filho, morador do local.

Ele salientou que, na manhã desta terça-feira, dia 31, esteve na Prefeitura para pedir intervenção quanto ao cumprimento da reintegração de posse e também solicitar a realocação das famílias. “O prefeito Hissam não nos recebeu, mas fomos atendidos por representantes da Procuradoria Geral do Município e da Cohab, que se comprometeram em encontrar um terreno para que possamos reerguer nossas casas. O problema é que não temos dinheiro para comprar materiais de construção e pedimos que nos ajudem nesse sentido, nos propusemos, inclusive, a organizar um mutirão para construir as casas. Eles também sugeriram que a gente faça, ou quem já tem, renove os cadastros junto à Cohab para agilizar essa realocação”, comentou Moisés.

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos

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