A chuva forte que caiu na tarde de sábado, 3 de março, provocou transtornos e deixou famílias desabrigadas em diversas regiões de Araucária. Segundo a Defesa Civil, foram realizados 32 atendimentos emergenciais, totalizando mais de 130 pessoas atingidas, isso sem contar as que não solicitaram socorro. “Foram registrados pontos de alagamentos no Fonte Nova, Tindiquera, Jardim Iguaçu e Favorita. Atendemos 22 famílias que ficaram desalojadas, que precisaram sair de suas casas. Foi registrado um óbito também, mas ainda não podemos afirmar se foi por conta da chuva”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Laurency Casagrande.
Ressaltou ainda que esse tipo de desastre não é comum em Araucária, principalmente em bairros próximos ao Centro. “As áreas atingidas sempre se concentravam nas ocupações irregulares, mas acreditamos que isso ocorreu porque o volume de chuva que caiu em cerca de uma hora, era o previsto para o mês inteiro. Outro problema que pode ter contribuído foram os entulhos, que acabaram entupindo as redes de águas pluviais. Diante disso, várias secretarias municipais já se reuniram para discutir ações no intuito de prevenir novos acidentes como este que ocorreu no final de semana”, observou Casagrande.
Com relação ao volume de chuva que caiu em Araucária, o Simepar explicou que não foi possível fazer uma análise precisa, porque a única estação meteorológica do sistema no Município, está estragada.
Sujeira nos rios contribuiu
Medidas preventivas
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente também está adotando medidas para prevenir futuros alagamentos. Apesar de a limpeza nos córregos ser frequente, a SMMA acredita que é preciso focar mais na limpeza das galerias. “Desde domingo os caminhões estão percorrendo as áreas de ocupação irregular, fazendo a coleta de galhos, troncos, móveis e demais objetos que foram danificados pela chuva. A ideia é evitar que este lixo seja dispensado de forma irregular e acabe indo parar nos córregos. Junto com a Secretaria do Meio Ambiente também pretendemos fazer um contrato mais amplo, para executar serviços de drenagem nos canais, principalmente do Rio Chimbituva, onde houve o estrangulamento, que acabou resultando nos alagamentos. Além disso, a proposta da Prefeitura é realizar obras de infra-estrutura nessa região, visando melhorar o escoamento de água”, explicou o diretor geral da SMMA, Bruno Otsuka.
Fotos: Everson Santos e Marco Charneski
Publicado na edição 1103 – 08/03/2018
