A notícia da acomodação de um grupo de ciganos em um terreno da Prefeitura, localizado na Rua Paulo Lucio Zimermann, no Jardim Panamericano II, continua dando o que falar. Os moradores repudiaram a decisão e estão se mobilizando para tentar impedir a vinda do grupo. Na sexta-feira, 15 de dezembro, eles se reuniram para discutir o assunto e resolveram montar uma comissão para conversar com a Prefeitura.
A comunidade alega que apesar dos inúmeros ofícios enviados à administração, pedindo a conclusão do campo de futebol ou outra opção de lazer para as crianças, jovens e adultos, o último pedido feito inclusive em fevereiro deste ano, através de um abaixo-assinado, não obtiveram resposta. Os moradores também solicitaram o recape do asfalto, calçadas, melhoria na Rua Gralha Azul entre as avenidas Avestruz e dos Pinheirais e a reforma da quadra ao lado do Colégio Airton Senna, porém, ao invés de atender aos pedidos, a Prefeitura decidiu transferir os ciganos do CSU para o Jardim Panamericano II, alegando ainda que eles não devam ser incomodados nessa gestão. “A Prefeitura justificou que no CSU pretende construir uma praça de dois milhões de reais, mas pra construir um parquinho de 50 mil na nossa comunidade não tem dinheiro. Já esgotamos todos os nossos argumentos, agora temos que nos mobilizar para impedir essa sacanagem”, argumentou o presidente da associação Natalino Lemes da Costa.
Ele conta que mais de 100 moradores participaram da reunião no bairro, onde foi firmada uma comissão de 15 pessoas para ir até a Prefeitura, oportunidade em que entregaram outro abaixo-assinado, desta vez com 300 assinaturas. Na segunda-feira, dia 15, eles foram recebidos pelo secretário de governo Genildo Carvalho, pelo secretário de Planejamento Samuel Almeida da Silva e pelo procurador geral do município Simon Gustavo Caldas de Quadros. “Não tratamos apenas da situação dos ciganos, mas também dos diversos problemas que afligem nosso bairro. A princípio está confirmada a vinda dos ciganos, mas em contrapartida a Prefeitura vai nos apresentar um projeto para aquela área, assim que os ciganos saírem de lá. Também fomos conversar com os ciganos, explicando que a área é inadequada para eles, que terão problemas com segurança, pois o local é cercado por mato. Eles ficaram preocupados e pediram ajuda da associação. Encaminhamos ainda um ofício ao Ministério Público solicitando uma vistoria no local e a avaliação se de fato há estrutura para receber os ciganos. Caso haja, manteremos uma convivência pacífica e amistosa com o grupo”, pontuou Natalino.
Texto: Maurenn Bernardo / Foto: divulgação
