Corte de energia elétrica gera protestos de moradores

Moradores ficaram inconformados com a suspensão da energia elétrica. Foto: Everson Santos
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Corte de energia elétrica gera protestos de moradores
Moradores ficaram inconformados com a suspensão da energia elétrica. Foto: Everson Santos

 

Na tarde desta terça-feira, 30 de abril, moradores do jardim Israelense realizaram um protesto na entrada da comunidade, motivado pelo corte na energia elétrica. Houve um princípio de tumulto devido à revolta dos manifestantes, que afirmaram estar 10 dias sem luz, mas a presença das viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar apaziguaram os ânimos. A bronca começou depois que a Copel fez uma substituição na rede, porque um trecho de baixa tensão pegou fogo devido à sobrecarga provocada pelas ligações clandestinas (gatos). A companhia explicou que a área é de ocupação irregular e nem todas as casas estão regularizadas, sendo assim, a substituição ocasionou um desligamento geral temporário, e após a conclusão do serviço, apenas as casas com ligações regulares tiveram o fornecimento normalizado.

O problema é que após o corte, os moradores do Israelense, cuja área ainda está em processo de regularização, tentaram religar os gatos, e houve protesto por parte dos moradores do jardim Shangri-lá, vizinho da vila, uma vez que as ligações irregulares estavam sobrecarregando o sistema e provocando interrupções no fornecimento de toda a região.

Alex dos Santos, membro do conselho fiscal e assessor de imprensa da associação do Israelense, disse que a vila precisa de transformadores específicos para atender cerca de duas mil e novecentas casas. “Com os transformadores que existem hoje, não é possível abastecer todas as casas”, comentou. A pastora Adriana, presidente da associação de moradores, reiterou que seriam necessários mais uns dois transformadores para fornecer energia para toda a comunidade. “Teve uma promessa da Terra Nova de que em 90 dias assinaríamos um contrato, e que isso traria melhorias para as casas que estão sendo legalizadas, mas até agora só recebemos cobranças. A Sanepar também veio aqui, mapeou alguns pontos da vila, para uma futura instalação de rede de esgoto, mas até agora nada. Hoje temos 1.700 casas pagantes e 1.200 ainda esperando a regularização. Faz dois anos que a Terra nova prometeu essas melhorias, tendo em vista que o Jardim Israelense existe há mais ou menos oito anos”, argumentou.

Citada pelos moradores, a empresa Terra Nova, que comanda o processo de regularização fundiária, alegou que o projeto para instalação de rede oficial dentro do Israelense segue dentro do prazo, e a previsão é de que seja concluído até o final do primeiro semestre. Assim que a planta da regularização fundiária for finalizada, a Copel e a Sanepar farão as ligações. Explicou ainda que a primeira fase de regularização vai contemplar 1.050 casas, a segunda mais 300 e uma terceira fase poderá demorar um pouco mais, pois envolve área de preservação ambiental.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1161 – 02/05/2019

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