Educadores infantis vão parar no dia 19

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Na próxima segunda-feira, 19 de fevereiro, dia em que os estudantes retornarão às salas de aula, educadores e educadoras infantis do Município vão cruzar os braços em sinal de protesto contra a falta de reconhecimento e valorização da profissão e melhores condições de trabalho. A paralisação foi aprovada durante assembleia da categoria, realizada no dia 6 de fevereiro.

Para os educadores, não há condições de retomar as atividades sem que a gestão negocie o reconhecimento enquanto professores de Educação Infantil. Várias reuniões foram feitas em 2017 para tratar do assunto com a Secretaria Municipal de Educação, inclusive foi sugerido que os educadores criassem uma comissão para debater o reconhecimento, no entanto, nada se concretizou. E agora, para piorar a situação, a administração se nega em discutir a pauta.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Araucária – Sifar, os educadores infantis de Araucária em sua maioria possuem formação adequada (magistério ou formação superior) e atuam efetivamente no magistério da educação infantil, porém não possuem os mesmos direitos dos profissionais do magistério como o direito a hora atividade e aposentadoria especial, exercem jornada superior conforme previsto no calendário escolar. É por esse motivo que os educadores resolveram paralisar suas atividades no dia 19. Estão cansados de trabalhar dia após dia, exercendo uma função a qual não se é reconhecido. É preciso mostrar para a gestão o quão o trabalho realizado nos CMEIs é importante para o desenvolvimento e educação da criança e, por isso, deve ser reconhecido.

O secretário de Educação, Henrique Rodolf Theobald, disse que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a paralisação dos educadores, e se isso não ocorrer até o dia que antecede a manifestação, a Prefeitura tomará medidas legais. “Vamos agir normalmente, retomar as atividades nas escolas e CMEIs, mas se os manifestantes não tiverem tomado todos os cuidados legais e não tendo motivo fundamentado para parar as atividades, além de tomar providências legais, vamos passar nos CMEIS para ver quem faltou e quem está trabalhando”, explicou.

Ainda de acordo com o secretário, a pauta dos educadores é antiga, tem fundamentação de direito, mas não tem fundamento jurídico. “Pra resolver esta questão teríamos que criar um cargo de educador infantil, abrir um novo concurso, mas este não é um bom momento pra isso”, argumentou.
Henrique disse ainda que com as mudanças na educação infantil, os educadores passarão a atender somente as turmas de berçário e maternal, e isso certamente vai mexer na zona de conforto da categoria. “O que eles querem hoje é ter os mesmos direitos e benefícios que os professores, o que não tem amparo legal. De qualquer forma, a SMED está aberta a novas discussões sobre o assunto”, pontuou.

 

Publicado na edição 1100 – 15/02/2018.

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