Escola invadida por crianças não tem sistema de alarme monitorado

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O estrago causado por três crianças e um adolescente na Escola Municipal Professora Delani Aparecida Alves, no bairro Jardim Sol Nascente, no dia 25 de dezembro, poderia ter sido evitado caso um sistema de alarme monitorado estivesse funcionando no local.

A escola conta com vigia durante a noite e finais de semana, mas não nos feriados e durante o dia, período em que a escola foi invadida. Segundo Henrique Theobald, secretário municipal de Educação, uma licitação de material já está em andamento. “A Guarda Municipal fará uma listagem dos equipamentos complementares necessários para a instalação dos alarmes de monitoramento. Vamos ver o que precisa ser adquirido para fazer a compra e a posterior instalação. Já temos alarme em várias unidades e a intenção é que até o fim do ano o monitoramento seja 100%”, afirmou.

Na escola o prejuízo foi grande. De acordo com o secretário, jogos multifuncionais e outros equipamentos foram estragados. “Infelizmente é uma situação muito complicada. Alguns dos materiais destruídos foram adquiridos pela própria escola que arrecadou em festas e com outras verbas. Eu torço para que esse tipo de situação não volte a acontecer”.

A diretora da escola, Márcia Patricia, lamentou o ocorrido. “Muito material de expediente e pedagógico foi perdido. Sumiram muitos brinquedos, jogos e rádios portáteis. Não calculamos ainda o valor do prejuízo”.

Quanto à segurança da escola, a diretora afirmou que em seis anos de sua gestão nunca havia ocorrido problemas sérios em relação a vandalismo. “Nós temos agentes de segurança no período noturno, que foi o que avaliamos ser a melhor opção na época já que, se for solicitado o monitoramento por alarmes, tiram os agentes. Agora vamos ter que discutir isso com o conselho escolar”, afirma Márcia.

Invasão e destruição em pleno Natal

O quarteto formado por três crianças e um adolescente invadiu a Escola Municipal Professora Delani Aparecida Alves no dia 25 de dezembro e destruiu materiais e diversas salas de aula da unidade. Como se não bastasse toda a bagunça e o prejuízo, eles deixaram vários equipamentos em sacos plásticos separados para pegar no dia seguinte, mas acabaram sendo surpreendidos por funcionários que flagraram as crianças e chamaram a Polícia Militar.

Na quarta-feira (27) a direção da escola realizou um mutirão para limpar a sujeira e organizar a bagunça deixada pelas crianças. Professores, pais, alunos e funcionários administrativos e da terceirizada responsável, colaboraram com a limpeza do local. A Secretaria Municipal de Educação (SMED) encaminhou duas auxiliares extras para ajudar, além de outros servidores da própria sede da pasta.

Crianças não responderão criminalmente pelo vandalismo

Os quatro mini autores do vandalismo na Escola Delani foram identificados pela Polícia Militar, mas não responderão pelo ato praticado. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), crianças menores de 12 anos são consideradas inimputáveis, isto é, eles não podem responder judicialmente por seus atos. Apenas a adolescente de 13 anos responderá pelo ato infracional.

 

Publicado na edição 1094 – 04/01/2018

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