Funcionários da Imcopa protestam contra demissões de colegas

Colaboradores da empresa estão parados desde segunda-feira, dia 25. Foto: Everson Santos
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Funcionários da Imcopa protestam contra demissões de colegas
Colaboradores da empresa estão parados desde segunda-feira, dia 25. Foto: Everson Santos

 

A crise financeira que ronda a Imcopa desde 2014, ano em que a empresa entrou em recuperação judicial como forma de conseguir solucionar seu endividamento junto a bancos, apresentou um novo impasse. O Grupo Petrópolis, o principal cliente, arrendou a empresa, que começou a ser comandada por uma gestão compartilhada. Porém, em novembro do ano passado, a Imcopa nomeou uma nova diretoria, e foi então que se iniciou uma verdadeira queda de braço entre os atuais diretores e os colaboradores da unidade.

Segundo eles, a nova gestão não estaria preocupada com a manutenção de empregos e com os negócios da processadora de soja, o que teria resultado em 13 pedidos de rescisão direta e três demissões por justa causa. A colaboradora Andreza, que foi nomeada interlocutora entre os funcionários e a diretoria, disse que é um direito da empresa dispensar quem ela quiser, mas não da forma como o processo vem sendo conduzido. “A ingerência da atual gestão pode fazer com que a Imcopa perca seu principal parceiro, que é a cervejaria. Eles estão demitindo colaboradores experientes, estão colocando no lugar pessoas que não são do ramo para exercer a mesma função de funcionários que continuam na empresa. Não dão satisfação aos colaboradores, ficam na empresa, mas parecem não querer se envolver com nada. No terceiro mês que assumiram já quiseram atrasar férias, algo que nunca aconteceu dentro da Imcopa, que sempre honrou com seus compromissos, então nós os pressionamos e eles acabaram cedendo, mas não aprovaram nossa conduta, o que minou ainda mais a possibilidade de diálogo”, explicou.

Diante das demissões por justa causa, da acusação de assédio moral e da ingerência da nova direção, cerca de 320 colaboradores fizeram uma manifestação na tarde segunda-feira, 25 de março, ato que deu início a uma paralisação, que se mantém não apenas na fábrica de Araucária, mas nas unidades de Cambé (PR) e Cuiabá (MT).

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1156 – 28/03/2019

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