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Grupos vão “ocupar” a Arena da Praça do Seminário

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Grupos vão “ocupar” a Arena da Praça do Seminário
Neste domingo a arena será palco de várias manifestações culturais

 

A arena ou concha acústica, que foi construída pela Prefeitura na Praça do Seminário, anexo ao Teatro da Praça, será palco de uma manifestação cultural pacífica na tarde de domingo, 20 de agosto, a partir das 15 horas. Artistas da cidade, com suas mais diversas linguagens, farão apresentações livres. O objetivo dessa “ocupação cultural”, segundo explica Jester Furtado, da Cia de Teatro Encenadores do Tindiquera, organizadora do evento, é unir a classe artística e promover um momento de diversão e de divulgação da arte local.

“O evento está aberto para quem quiser participar, não precisa de inscrição, é só chegar e se apresentar. Temos tão poucos momentos culturais na cidade e esta será uma oportunidade para que a população prestigie nossos artistas”, disse. Jester lembrou ainda que o espaço escolhido para a manifestação cultural é público, e todos têm o direito de utilizá-lo.

Gestão do espaço

Embora a arena tenha sido construída em praça pública, existem dúvidas a respeito dos planos da Secretaria Municipal de Cultura para sua utilização. Ao que se sabe, ainda não existem regras definidas sobre o assunto. Pedro Sfendrych, que até pouco tempo era conselheiro de Política Cultural, mas que hoje integra o Conselho de Patrimônio Cultural, disse que esse foi um questionamento feito pelo Conselho no ano passado, quando o projeto da arena foi lançado. “Questionamos quem iria definir e executar as normas de sua utilização. Normalmente quem libera uso de praças e parques é o meio ambiente, mas como é um equipamento com fins culturais, achamos que seria gerido pela Secretaria de Cultura, assim como ocorre com o palco do Trecho Chimbituva. Mas creio que faltem políticas transversais e ações integradas entre as secretarias municipais para que isso seja definido”, argumentou.

Ele lembra ainda que os espaços deveriam ser melhor pensados, por exemplo, levar opções como esta aos bairros, que carecem muito mais de equipamentos culturais do que a área central. “Não reclamo da existência desse espaço, mas acho que da forma como está hoje ele será subutilizado, assim como o palco do trecho. O espaço pode acabar se tornando mais um monumento do que um equipamento”, pontuou.

Ainda em sua opinião, Pedro comenta que os movimentos populares com público espontâneo, os eventos menores, com menos estrutura, de curta duração, deveriam ter uma liberação mais facilitada e não deveriam ser tratados como grandes eventos, que tem alto risco, que demandam muita estrutura, com ampla divulgação, etc. “Acredito que para o maior crescimento cultural e artístico da cidade, é fundamental que se criem regras de utilização dos espaços públicos visando simplificar a liberação para realização desse tipo de evento”.

O secretário municipal de Cultura e Turismo (SMCT), Eduardo Tavares, explicou que ainda não existe nada definido sobre a gestão do espaço, isso porque após receber as obras de revitalização, a Praça do Seminário ainda não foi reinaugurada. “Acredito que a responsabilidade pelo espaço seja mesmo da SMCT, mas isso deverá ser definido em breve”, pontuou.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Everson Santos