Uma simulação de combate medieval com direito a roupas de época, espadas de espuma e uma história composta por guerreiros, monstros e muita diversão. Essa é a atividade que tem tirado crianças e adolescentes da frente do videogame nos finais de semana para realizarem um jogo real no Parque Cachoeira.
De acordo com o araucariense Jhonatan da Rosa, conhecido no jogo como Crucio Arpion, a atividade desenvolvida em Araucária une dois jogos tradicionais de uma maneira diferente. “O Swordplay é a técnica de luta e o Larp é mais focado em inventar uma história. Então, como nós decidimos juntar os dois, a brincadeira se tornou uma peça teatral em que os jogadores são livres para atuar e montar a trama”, conta o rapaz, que trouxe a ideia para Araucária em 2014 e hoje conta com quase 30 adeptos.
Entre esses corajosos está o adolescente Marcos Flávio de Oliveira, de 14 anos. Ele ficou sabendo da brincadeira no colégio, e decidiu conhecer a novidade. “Alguns amigos da minha sala participavam, então fui assistir e achei bem legal porque você tem regras, missões, combates e ainda vai passando de nível”, conta o garoto, que joga há cinco meses.
Além disso, ele garante que o jogo faz bem para a saúde e ajuda o participante a se desenvolver. “A gente corre bastante e precisa interpretar o personagem, então acaba perdendo a timidez. Sem contar que nós mesmos fazemos as fantasias e armas de espuma, e nossos familiares sempre ajudam”, comenta Marcos, que teve a colaboração do pai na hora de preparar a fantasia do seu guerreiro.
No entanto, não adianta só inventar uma história. Para se dar bem no jogo e conseguir passar de nível, é necessário seguir o sistema e prestar bastante atenção. “Antes de começar a partida, todos preenchem uma ficha como se fosse um jogo de computador, onde podem escolher uma arma e descobrir se vão lutar contra outro clã ou personagem”, explica o organizador Crucio.
Além disso, no sistema que ele desenvolveu os jogadores ganham pontos a cada semana, vidas e até mesmo poções com poderes especiais durante a partida. “Quando o jogador perde a vida no campo de batalha, por exemplo, ele pode usar uma poção e voltar pro jogo no mesmo instante ou correr até uma árvore determinada para conseguir isso. Então, a atividade fica bem dinâmica e faz o pessoal cansar bastante”, comenta.
Para a araucariense Edimara do Rocio Fernandes, mãe dos participantes Augusto e Gustavo, é isso que torna a brincadeira tão atrativa. “Meus filhos gostam tanto que, às vezes, nós queremos viajar no fim de semana, e eles querem ficar para participar do jogo. Então, como eles sempre ficavam dentro de casa no computador e na internet, eu achei ótimo eles saírem para fazer atividade física e se divertirem de maneira segura”, garante.
Como participar
Vale ressaltar que o jogo não atende uma faixa etária específica e que ele pode ser desenvolvido por meninos e meninas. “Hoje, nosso jogador mais novo tem 11 anos e o mais velho sou eu, de 25, mas a ideia é bacana para qualquer pessoa que queira fazer algo diferente no domingo à tarde e se relacionar”, pontua o rapaz, que convida os interessados para entrarem em contato. “Basta falar comigo pelo WhatsApp 9711-8148 ou pelo telefone 9750-1055”. As reuniões do grupo acontecem todos os domingos, as 15h, no Parque Cachoeira, próximo ao Corpo de Bombeiros.
Ranking atual do Swordplay em Araucária
1º Lugar – Samuel Junior (Nível 8)
2º Lugar – Beatriz Caroline (Nível 7)
3º Lugar – Marcos de Oliveira (Nível 6)
Texto: Raquel Derevecki / fotos: EVERSON SANTOS
