O ministro de Minas e Energias, Eduardo Braga, está estudando a ideia de estender o horário de verão neste ano com o objetivo de economizar energia. Desde outubro do ano passado a data limite para o período com horário de verão havia sido estipulada até o dia 22 deste mês nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas esta medida pode ser alterada nos próximos dias, o que, em tese, poderá diminuir em 4,5% o consumo de energia.
O ministro informou que, nesta semana, fará uma avaliação sobre a situação, levando em conta a crise elétrica e a previsão de chuvas para o final de fevereiro e início de março. No início do horário de verão neste ano, a estimativa do governo era economizar em torno de R$ 278 milhões. Na edição anterior, devido ao horário de verão, foi registrada economia de R$ 405 milhões.
Douglas Rodrigues da Silva, proprietário de dois estabelecimentos comerciais em Araucária, entre eles uma academia que fica aberta até às 24h, comentou que a medida poderá ajudar muito na diminuição da conta de luz no final do mês. “Como a academia fica aberta até mais tarde, quanto mais tempo ficar claro sem precisarmos acender as luzes, será melhor. Além de que os alunos ficam mais dispostos e fazem exercícios físicos com maior frequência”, contou. Douglas disse que em seu outro estabelecimento optou pelas telhas transparentes, o que também ajuda na economia de energia.
Já o proprietário de um posto de combustíveis na região central de Araucária, Leonardo Córdova, não acredita que esta medida trará economia efetiva de energia elétrica. “Com a extensão do horário de verão, ou seja, com 1 hora a mais de luz solar nos fins de tarde, poderemos manter a iluminação desligada no período compreendido entre às 18h30 e 19h30, gastando menos. Entretanto, não podemos nos esquecer que os dias irão amanhecer também mais tarde, com o sol nascendo por volta das 7h30”, ressaltou. Leonardo argumentou que abre diariamente o posto às 6h e, para isso, terá que manter as luzes para iluminação acionadas logo de manhã bem cedo quando o dia ainda estará completamente escuro, o que acarretará em um consumo extra de energia. “Diante disso, acreditamos que esta medida não vai gerar benefícios financeiros consideráveis, pelo menos não para nós”, concluiu.
Texto: Rafaela Carvalho
