Invasão no Jardim Arvoredo causa tumulto na região

A ação da GM, PM, SMMA e Cohab assustou os moradores, mas terminou bem
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A ação da GM, PM, SMMA e Cohab assustou os moradores, mas terminou bem
A ação da GM, PM, SMMA e Cohab assustou os moradores, mas terminou bem

Uma ação com cerca de 20 guardas municipais, 15 policiais militares e uma comissão envolvendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e a Companhia de Habitação Popular de Araucária (Cohab) movimentou o Jardim Arvoredo, no bairro Capela Velha, na última semana. De acordo com Kelly dos Santos Ferreira, que presenciou toda ação com seus familiares e amigos, as viaturas chegaram ao local na quinta-feira à noite, dia 9, e tentaram retirar do local quase 30 famílias. “Eles chegaram conversando tranquilamente, mas logo levantaram a voz, trou­xeram cachorros e começaram a ameaçar as pessoas dizendo que todos teriam que sair dali, sendo que essas pessoas não têm para onde ir”, conta.

De acordo com João Caetano, diretor-presidente da Cohab, mais de 20 dessas famílias teriam invadido uma área particular na noite do dia 9 e a ação foi realizada para conversar com os invasores de maneira pacífica. “Essa área não pertence à Cohab, mas nós acompanhamos o procedimento para evitar conflitos, e conseguimos um consenso entre as famílias, que deixaram o local”, informa.

Já outras nove famílias estariam morando em uma área de preservação perma­nente de mananciais e, por isso, receberam uma notificação da SMMA. “Esses espaços de até 30 metros da margem do rio são protegidos por Lei Federal e também não apresentam condições de moradia, pois são úmidos, alagam facilmente e colocam em risco a vida de quem insiste em viver ali”, explica o secretário Hino Dirlei Pereira de Souza. Por isso, ele deu um prazo inicial de 10 dias para que as famílias dei­xem o local, mas o tempo será reavaliado a pedido dos moradores. “Eles solicitaram 90 dias, mas ainda estamos discutindo a questão”, informa.

Enquanto isso, a Cohab também garante que está trabalhando para regularizar a situação dessas e de outras 3 mil famílias da cidade. “Hoje Araucária sofre uma pressão habitacional muito grande, pois são quase 15 mil pessoas morando em áreas irregulares, mas nós já temos em andamento vários projetos e esperamos atender até o final deste ano entre 500 a 700 famílias”, promete.

Texto: Raquel Derevecki / FOTO: divulgação

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