Mãe de aluninho acusa CMEI de negligência

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Mãe de aluninho acusa CMEI de negligência
CMEI Santa Clara ganhará mais uma funcionária, e demais CMEIS, receberão cartilhas pedagógicas

Nas creches, a fase das mordidas entre as crianças costuma causar muitas confusões e geralmente é um assunto delicado para pais e educadores. Os pais da criança que mordeu se sentem constrangidos e culpados enquanto a família da criança que foi mordida se sente agredida e se questiona com relação aos cuidados que o filho está recebendo no ambiente escolar.

Francielle Aparecida Pinto, mãe de uma criança atendida pelo Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Santa Clara, no Campina da Barra, está sentindo na pele este dilema. Ela está revoltada porque nos últimos meses o filho, de pouco mais de um ano, está chegando em casa frequentemente com mordidas e arranhões pelo corpo, feitos por coleguinhas da creche.

Ela conta que já reclamou várias vezes para a diretora, na tentativa de saber o que de fato está havendo para seu filho ser agredido com tanta freqüência e porque o centro ainda não tomou providências. “Isso vem ocorrendo há cerca de uns seis meses e para provar, as agendas do meu filho tem uma coleção de bilhetes da escola tentando justificar o fato e alegando que isso não vai mais acontecer. No entanto, ele continua sendo mordido. Ele também já chegou em casa inúmeras vezes com assaduras nas partes íntimas e quando mandei bilhete pra saber o que houve, a diretora tentou alegar que meu filho deveria estar com virose ou outro problema de saúde por fazer cocô tantas vezes ao dia e que eu deveria levá-lo ao médico. Eu não sei se isso está certo, o que eu sei é que estou cansada de receber tantos bilhetes e as coisas continuarem na mesma”, denunciou Francielle.

A mãe conta ainda que trabalha fora e precisa deixar o bebê naquela creche apesar de morar em outro bairro, isso porque, não consegue vagas para transferi-lo. “É um absurdo a gente saber que o filho está apanhando dos coleguinhas e ninguém vê. O mais engraçado é que em um dos bilhetes, a diretora chegou a fazer uma observação no rodapé, alegando que ‘o bem estar dos nossos pequenos é o que mais nos importa’. Chega a ser ridículo isso, mas se não tornarmos o problema público, ninguém vai tomar providência, pois outras mães já reclamaram que os filhos levaram mordidas. Peguei uns dias de folga e não estou mandando meu filho pra creche, até que uma solução seja tomada”, disse a mãe.

No desespero de encontrar uma solução para que o filho deixe de sofrer agressões, Francielle chegou a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher e do Adolescente no dia 11 de março, onde relatou tudo que estaria ocorrendo no CMEI e há quanto tempo o problema persiste. Diante dos fatos, a criança foi encaminhada para exame de corpo de delito.

Providências
A Secretaria Municipal de Educação (SMED) informou que já tomou algumas medidas sobre o caso, entre elas a elaboração de um material informativo por parte do Departamento de Educação Infantil, contendo orientações pedagógicas sobre o processo de comunicação dessa faixa etária. O material será encaminhado pelo malote aos Centros de Educação Infantil. Uma nova funcionária também já foi encaminhada ao local, para ajudar no desenvolvimento das atividades.

Já a direção do CMEI Santa Clara explica que já realizou uma reunião com os pais das turmas de berçário 1 e 2 para falar sobre o desenvolvimento infantil nesta fase da vida da criança, e também com os funcionários, sobre orientações para maiores cuidados.
 

Compartilhar
PUBLICIDADE