Mesmo em novo espaço, PAI segue causando reclamações

Na foto feita por um leitor é possível ver que a unidade está superlotada
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Mesmo em novo espaço, PAI segue causando reclamações
Na foto feita por um leitor é possível ver que a unidade está superlotada

 

Apesar das melhorias implantadas pela Prefeitura na área da saúde, a população não está satisfeita e tem usado as redes sociais para relatar o caos no Pronto Atendimento Infantil – PAI, que há cerca de duas semanas passou a atender nas dependências do Hospital Municipal de Araucária – HMA. O novo espaço é bem mais amplo e oferece maior comodidade aos pacientes, mas nem assim as reclamações reduziram. As principais queixas são com relação a fila de espera, falta de pediatras, além do mau atendimento.

A araucariense P. V., que preferiu não revelar o nome, é uma das pessoas que diz ter tido problemas com o atendimento do filho. Ela conta que no domingo, 10 de junho, chegou na unidade às 14h50 e só foi atendida por volta das 22h20. “O que mais me revoltou foi que das três crianças que estavam no mesmo quarto com meu filho, em observação, uma entrou às 13h30 e saiu 21h30, eu sai 22h20 e o filho da outra, que também chegou 15h, ainda teve que recolher mais sangue porque tiraram pouco e a biomédica mandou repetir. Um absurdo!”, denunciou.

Ela comentou ainda que havia criança com crise de asma e teve que esperar 20 minutos pela bombinha. “Meu filho melhorou sem remédio nenhum, mas estávamos lá desde às 15h e só chegaram com a injeção de dipirona às 19h. E a menina, com febre e suspeita de meningite, que teve que recolher sangue novamente porque tiraram quantidade insuficiente para realizar o exame. Nós poderíamos ter deixado o leito para outra criança que estava na espera, mas mesmo com o filho melhor, ficamos lá horas aguardando a alta. E foram tantas coisas absurdas que vi, como médica xingando enfermeira e nem era pediatra, era clínica geral. Uma enfermeira anotava tudo pra repassar para a Secretaria de Saúde, outra comentava que não há condições de atender a demanda no PAI”, acrescentou.

Outro pai, que chegou a gravar um vídeo mostrando o movimento que estava na unidade na noite de segunda-feira, dia 11, mas que também preferiu manter o anonimato, reclamou que a demora no atendimento está pior de que quando o PAI estava no endereço antigo. “A todo instante chegam crianças passando mal e a equipe não consegue dar conta, tem que rever isso”, sugeriu.

Quadro completo

A respeito das reclamações, a Secretaria Municipal de Saúde – SMSA informou que o quadro de médicos está completo. São quatro profissionais que estão diretamente designados para o atendimento aos que ali chegam. Os nomes dos profissionais estão expostos logo na recepção para que os moradores vejam. Há ainda outros médicos, como nas UTIs neonatal e pediátrica, que podem dar suporte caso seja necessário. Além dos pediatras, os demais médicos também estão capacitados para atender crianças.

Ainda com relação ao quadro de profissionais, a SMSA disse que todos os médicos que faziam parte do antigo PAI foram para o novo local de atendimento. Há outros que já pertenciam ao quadro do HMA e podem dar o suporte, conforme a necessidade.

Acima da média

Com relação ao número de pacientes, a Saúde explicou que desde que abriu as portas, o novo PAI tem registrado, em média, 250 atendimentos por dia. Mas na última segunda, 11 de junho, o local registrou 359 atendimentos, número considerado acima do esperado. “É muito importante destacar que, independente se há maior ou menor gravidade, todas as crianças estão sendo atendidas e que a grande procura é algo comum nas unidades de saúde neste período”, reiterou.

Lembrou ainda que não é possível estipular uma média no tempo de espera, pois há casos que, devido à emergência, precisam passar à frente na escala de atendimento. Justificou também que as prioridades são definidas por “classificação de risco”, ou seja, os casos de emergência devem ser atendidos imediatamente e os de urgência em até 30 minutos. Os demais são organizados conforme triagem realizada por profissionais capacitados.

“Lembrando que existem horários de pico, pois a procura costuma aumentar a partir do final da tarde, e por questão de fluxo de pessoas e melhor atendimento, a recomendação é para que cada criança tenha apenas um acompanhante”, orientou a secretaria.

 

 

Foto: divulgação

Publicado na edição 1117 – 14/06/2018

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