Corpos recolhidos em Araucária e esquecidos no IML

Gilson da Silva Castro
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O Instituto Médico Legal (IML) do Paraná, localizado em Curitiba, está com três corpos recolhidos em Araucária, identificados e não reclamados, ou seja, ninguém até o momento foi reconhecer os cadáveres para realizar enterro.

Um deles, identificado como Gilson da Silva Castro, 55 anos, está no IML há mais de um ano. Ele foi encontrado baleado em um carro parado no acostamento da Rodovia do Xisto, próximo à Cocelpa, no bairro Thomaz Coelho, em 7 de outubro de 2016.

Moradores da região avistaram o carro com o motorista, Marlon Chestes de Moraes, e o passageiro, Gilson, feridos. A Polícia Militar e o Siate foram acionados, mas quando chegaram ao local depararam-se com os dois indivíduos já em óbito. Gilson foi atingido com um tiro na cabeça e outro no tórax e seu corpo foi encontrado caído ao lado do carro que também continha várias marcas de tiros.

Na época do crime, a Delegacia de Polícia Civil de Araucária informou que os homicídios poderiam ter sido motivados por briga de trânsito ou execução. A companheira de Marlon, ouvida no ano passado, teria relatado em depoimento à DP que Gilson não tinha contato com nenhum familiar e estava convivendo com Marlon nos últimos tempos. Até hoje, ninguém da família de Gilson foi localizado e o corpo segue no IML.

Outro corpo que foi identificado, mas até hoje ninguém manifestou-se para retirá-lo do IML, é o de Uriel do Nascimento, 50 anos, morto vítima de disparos de arma de fogo em 17 de fevereiro deste ano.

O corpo de Uriel foi encontrado na rua Castelo Branco, no bairro Thomaz Coelho, com os pés e mãos amarrados por abraçadeiras plásticas e ainda com cerca de 11 ferimentos ocasionados por tiros na região do crânio. Ainda, preso à calça do indivíduo, estava uma escova de dentes na embalagem.

Ele era catador de produtos recicláveis e tinha antecedentes criminais. Em anos anteriores, conforme noticiado pela mídia, ele confessou ter sequestrado três meninas em Curitiba e ter praticado atos libidinosos com as crianças. Outro caso aponta para o sequestro de uma menina de seis anos, no Passeio Público, em Curitiba, seguido de estupro. Demais ocorrências envolvendo meninas com menos de 10 anos também estavam sendo investigadas, em que as vítimas e testemunhas reconheceram posteriormente Uriel.

De acordo com a DP de Araucária, conforme informações obtidas durante a investigação, há algum tempo Uriel não tinha contato com a família, que é do interior do Estado. Havia, inclusive, carta precatória expedida a ele.

O terceiro corpo que foi identificado e continua no IML, é o de Cleverson Gonçalves Vendmuller, 25 anos. Ele foi encontrado morto na avenida São Casemiro, no Taquarova, na manhã do dia 22 de outubro, com mais de 10 perfurações por arma de fogo.

A DP instaurou inquérito para investigar este caso, mas ainda não tem nenhuma nova informação e não conseguiu localizar nenhum familiar.

Foto: divulgação

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