Em júri que durou cerca de 12h réu é condenado a 11 anos

O advogado de defesa do réu afirmou que irá recorrer à sentença
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Em júri que durou cerca de 12h réu é condenado a 11 anos
O advogado de defesa do réu afirmou que irá recorrer à sentença

No último júri que aconteceu no Tribunal de Araucária, no dia 9 de fevereiro, eram réus Alisson de Oliveira Santana, pela tentativa de homicídio de uma policial civil, e Alan Silveira de Camargo por tráfico de drogas. O julgamento que teve início às 9h, terminou por volta das 21h e culminou na condenação de Alisson a 11 anos e dois meses de detenção em regime fechado e na absolvição de Alan.

Em agosto de 2015, quando policiais civis foram até uma residência no Tupy cumprir um mandado de busca e apreensão, foram recebidos a tiros. Uma das policiais foi atingida e teve que ser levada ao Hospital do Trabalhador.

Na semana passada, o advogado de defesa de Alisson, Maurício Zampieri de Freitas, afirmou que após estudo do caso descobriu uma fraude processual e que a revelaria em júri. A fraude, no entanto, teria sido comprovada em laudo expedido por perito particular. Segundo o advogado, o projétil foi plantado, ou seja, o que acertou a vítima não teria sido disparado por Alisson, e sim por um colega de equipe da própria polícia. “Não existiam fragmentos ósseos de acordo com a perícia no projétil. Quanto à dinâmica do disparo, pela posição da vítima, o laudo de lesão corporal indica que o tiro foi efetuado da esquerda para a direita, mas afirmaram que o tiro foi frontal”, afirmou Zampieri, comentando ainda que o exame residuográfico de pólvora feito nas mãos do acusado teve resultado negativo.

Ainda, segundo o advogado, havia uma terceira pessoa no local do crime, a qual seria a responsável pelo tiro que atingiu a vítima, e não Alisson, como é mencionado na denúncia. Contudo, na troca de tiros, um policial teria acertado a vítima, e, como a terceira pessoa teria fugido do local, os policiais teriam culpado o réu.

Mesmo com estas afirmações ditas em plenário, os jurados não se convenceram e o réu condenado saiu algemado direto do Tribunal para a penitenciária. O advogado disse que vai recorrer à sentença por decisão contrária às provas nos autos.

A vítima, por outro lado, comentou que ao apresentar seu depoimento no Tribunal no dia do júri esclareceu os fatos firmemente, contrapondo todas as alegações da defesa do réu.

Foto: Everson Santos

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