No Itaipu, homem é executado com onze tiros enquanto dormia

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

O rapaz não teve chance de defesa e morreu na hora
O rapaz não teve chance de defesa e morreu na hora

O dia 22 de maio tinha tudo para ser um típico domingo chuvoso e cheio de preguiça, mas começou violento no jardim Itaipu. Por volta de 7h, vizinhos à casa número 221, da rua Das Palmeiras ouviram vários tiros. O local fica num daqueles corredores que dão acesso à várias casas e somente por volta de meio dia alguém teve coragem de ir até a casa de madeira conferir o que tinha acontecido. A pessoa encontrou Claudemir Kraveski da Silva, 28 anos, conhecido como Cabelo, morto, deitado de bruços na cama, cheio de buracos de bala. A Guarda Municipal foi acionada e fez o isolamento da cena do crime até a chegada do pessoal da Polícia Ci­vil e do Instituto de Criminalística.

Uma senhora que chegou ao local depois disse que o rapaz era usuário de drogas e que havia saído da cadeia há cerca de quinze dias. Ele estava preso porque teria ameaçado matar a ex-mulher. A vizinha contou que o casal, que tem uma filha pequena, morava junto na casa, mas ele foi ficando cada vez mais agressivo até que tiveram que chamara a polícia e ele foi preso. “Mas ele jurou que quando saísse iria matar ela. Então, com medo, ela se mudou da casa nesse período em que ele estava preso”, disse a senhora. De fato a casa estava quase vazia. Ele tinha pego um cobertor que um vizinho teria emprestado para ele dormir. No quarto foi encontrada uma carta da ex-mulher pedindo para ele desocupar o lugar.

Outro vizinho contou que Cabelo era um vida torta, cheio de encrencas e que o havia aconselhado várias vezes a largar dessa vida, mas ele continuava a consumir drogas. “Deu nisso, uma pena. Graças a Deus que a mulher dele não estava em casa, senão tinha ido junto”, comentou o homem.

Segundo a polícia, Cabelo levou onze tiros de pistola .40, o que indica que ele foi executado a sangue frio. “A hipótese mais provável é que ele tenha sido morto por traficantes por dívida de drogas. Outra possibilidade seria uma possível vingança.” Disse Euzébio Pereira da Silva, investigador chefe do setor de Homicídios da Delegacia de Araucária.

Texto: Carlos do Valle / FOTO: Marco Charneski

Compartilhar
PUBLICIDADE