Familiares de Julio e Roni, mortos por GM’s, protestam por justiça

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Familiares de Julio e Roni, mortos por GM’s, protestam por justiça
Foto: Everson Santos

 

Ainda inconformados com a perda de Julio Cesar Cordeiro, 38 anos, morto pela Guarda Municipal no dia 9 de dezembro, seus familiares e amigos se reuniram na sexta-feira, 13 de janeiro, para um protesto. Nem mesmo a chuva intimidou os manifestantes, que percorreram o trajeto com saída da Prefeitura e chegada na sede da GMA, carregando faixas e gritando palavras de ordem contra a corporação. Por vários momentos eles também fecharam a rua e fizeram orações.

Julio foi morto durante um suposto confronto com dois guardas municipais, na região das cavas do jardim Tropical. Os GM’s teriam avistado dois homens saindo de um matagal e desconfiaram da atitude da dupla. Os guardas teriam ligado as sirenes da viatura e dado voz de abordagem, mas os indivíduos não teriam acatado à ordem, sacado uma arma e disparado contra a guarda, que veio a revidar.

Na suposta troca de tiros, Julio foi atingido e o outro rapaz teria fugido pelo matagal, não sendo localizado posteriormente. O Siate foi acionado, mas quando chegou ao local a vítima já estava morta.

A reação da família foi imediata e já no dia seguinte ao crime  manifestou-se, afirmando que a versão dada pelos guardas municipais não era verídica, mesmo porque Julio não tinha envolvimento com o mundo do crime, muito menos andava armado, e que também não tinha inimigos e nem antecedentes criminais.

Familiares alegam ainda que Julio Cesar teria saído de casa no sábado, por volta das 18h30, para pescar, por isso, não teria levado documentos e nem o celular, apenas os materiais para pesca.

Outro ponto que deve ser esclarecido no inquérito é com relação ao simulacro que os guardas apresentaram como sendo de Julio. Isto porque, se de fato o simulacro estivesse em posse da vítima, quem deveria ter recolhido o artefato seria a Polícia Científica e não os GM’s.

A família e amigos de Roni Fabricio da Silva, 31 anos, morto em 15 de abril de 2015, também participou do protesto. No caso de Roni, a tudo começou quando dois assaltantes invadiram um mercado na rua Janaína Assef, no conjunto Tayrá, bairro Cachoeira. Os bandidos estavam armados e teriam feito ameaças no local e na fuga o alarme disparou, assustando os meliantes. O comerciante Roni, que fazia entregas de pães no mercado, percebeu o assalto e, quando outro carro que passava pelo local começou a buzinar e os bandidos fugiram a pé, Roni teria saído em perseguição com o furgão da fábrica, na tentativa de capturá-los.

Momento em que guardas municipais que patrulhavam a região também perceberam o assalto e saíram em perseguição aos marginais. Houve intensa troca de tiros e Roni acabou sendo baleado e não resistiu aos ferimentos.

 

 

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