Filha de vítima clama por justiça

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Filha de vítima clama por justiça

Hoje, 20 de abril, serão julgados no Tribunal do Júri de Araucária, Alisson Campolim dos Santos e Mariane Pianovski, acusados pelo assassinato de Maria Aparecida Vechia, conhecida como dona Cida, na noite de 10 de março de 2015, em uma casa na rua Alagoas, no jardim Fonte Nova.
Na época, o caso ganhou repercussão em toda a mídia pela forma como aconteceu. O corpo da vítima foi encontrado sob uma cama, parcialmente esquartejado, degolado e queimado. O corpo de Cida foi localizado pelo Corpo de Bombeiros, após ser acionado pelos vizinhos que sentiram forte cheiro de gás de cozinha vindo da casa da vítima. Os bombeiros, ao entrarem na residência, perceberam que a mangueira do gás estava cortada e o colchão da cama ainda tinha algumas brasas acesas. Conforme apuração da polícia na época, a vítima havia ficado viúva há pouco tempo antes do assassinato e levava uma vida social como qualquer outra pessoa. No mesmo terreno em que ela morava, havia outra casa que Cida tinha alugado aos acusados. A Polícia Civil chegou aos possíveis autores nove dias após o crime e cumpriu mandados de prisão preventiva.
Agora, a filha única de dona Cida, Eliane Vechia, clama por justiça no júri, dois anos após o crime. “O julgamento já era para ter acontecido, mas foi adiado. Não vejo a hora que isso acabe, sei que não vai trazê-la de volta nem amenizar minha dor, mas acho que me sentirei um pouco mais aliviada”, disse a filha, acrescentando que os acusados devem pagar pelo que fizeram.
Conforme relatou Eliane, os inquilinos eram extremamente reservados e faziam pouco contato com a vizinhança. “Nunca poderíamos imaginar que eles seriam capazes de fazer isso. Quando eles se mudaram, pagavam corretamente o aluguel, depois passaram a atrasar os pagamentos. Não havia nenhum motivo para matarem minha mãe, achamos que foi devido à aluguel”, explicou.
A filha da vítima contou que câmeras de segurança instaladas em frente à casa da mãe gravaram o casal andando por diversas vezes em volta da casa durante a madrugada, aproximadamente às 3h. Depois, às 6h, Alisson aparece entrando com o carro de ré no terreno. “Acreditamos que eles estavam pensando em como sumir com o corpo”, contou Eliane.
Segundo ela, no dia seguinte, quando encontrou com o casal, imediatamente eles anunciaram que estavam se mudando da casa de propriedade de dona Cida. “Quando os encontrei, tive a certeza que foram eles que haviam feito aquela maldade com minha mãe. Olhei no rosto deles e percebi que não tinham dormido”, afirmou.
Eliane, que já tinha perdido o pai um ano antes do assassinato da mãe, hoje conta com a ajuda do marido e dos dois filhos para continuar a vida, já que o restante da família mora no norte do Estado. “A gente vê essas coisas na televisão e nunca imagina que pode acontecer conosco. Esse casal infeliz acabou com as nossas vidas. Quero que eles mofem na cadeia e de lá não saiam nunca mais. Meu filho até hoje não toca no assunto, todos nós éramos muito apegados à ela”, comentou.
Eliane espera que a justiça seja feita. “Quero que eles peguem a maior pena possível. Que eles sejam realmente julgados e condenados”, pediu a filha, afirmando que, apesar disso, o sentimento da perda não passará nunca e que quanto mais o tempo passa a dor pela falta da mãe piora.

Foto: Divulgação

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