GM preso na última semana dá sua versão dos fatos

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O Guarda Municipal que foi preso por policiais civis na segunda-feira da semana passada, 26 de novembro, deu sua versão de como tudo aconteceu.
Segundo o GM, que está há 7 anos na corporação, tudo começou quando ele foi registrar um boletim de ocorrência na manhã daquele dia porque sua ex-namorada havia quebrado seu carro e furtado alguns objetos do interior do veículo. Ainda, de acordo com ele, a ex-namorada seria amiga dos policiais envolvidos na prisão.

Na delegacia central, o GM disse que foi atendido por um dos colegas da ex-companheira, o qual teria dirigido-se a ele com “ar de ignorância”. “Expliquei que queria fazer o B.O. e o policial negou-se a fazer gritando em seguida para eu sair da delegacia. Tentei argumentar, mas ele novamente falou para eu sair do local”, contou.

No pátio da delegacia, o GM teria dito que faria uma denúncia à Corregedoria da Polícia Civil, quando o policial teria dito: “você está me desacatando?”. O guarda relatou ainda que outros policiais vieram, chutaram suas pernas e o derrubaram no chão, sem ele esboçar nenhum gesto de resistência.

“Fui algemado e deitado no chão. um deles pisou na minha cabeça e outros nas minhas costas. Naquele momento, pedi para que avisassem o meu comandante que eu estava sendo preso. Quando o delegado ordenou que se alguém entrasse em contato com o meu comando, iria para a rua”, explicou.

O GM disse ainda que foi arrastado para uma sala, onde foi torturado. “Me senti em cativeiro, humilhado e o tempo todo ameaçado. Além disso, estava com muita sede, e, quando eu pedia um copo de água, eles respondiam ‘cala a boca, vagabundo”, relatou.

Depois, conforme o que disse o guarda, os policiais revistaram seu carro que estava estacionado em frente à DP e de lá teriam vindo comemorando com a arma que encontraram. “Minha arma é legalizada e registrada em meu nome. Mesmo assim, para ‘esquentar ‘o abuso que estavam fazendo comigo, fizeram um flagrante de porte ilegal. Mandaram eu gravar um vídeo falando que não fui agredido por eles, senão iriam me jogar com os demais presos na carceragem. Por fim, fui colocado em liberdade depois que de pagar mil reais de fiança”, declarou.

Em seguida, o GM procurou o Ministério Público para denunciar a ação e foi encaminhado para realizar exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. O MP está investigando a conduta dos policiais.

Publicado na edição 1142 – 06/12/18

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