Justiça entende que não há provas suficientes para levar GMs a Júri

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Os dois guardas municipais acusados pelo homicídio de Roni Fabricio da Silva, 31 anos, morto em 15 de abril de 2015, quando a Guarda Municipal atendia a uma ocorrência na região do Tayrá, não devem ser submetidos a júri popular. Pelo menos é o que entendeu o juiz da Vara Criminal de Araucária, Sérgio Bernardinetti.

Segundo sentença exarada pelo magistrado na última segunda-feira, 15 de janeiro, faltam indícios suficientes nos autos acerca de quem teria disparado os tiros que vitimaram Roni. Nestes casos, explicou o juiz, a legislação brasileira determina que os acusados não sejam submetidos ao júri popular.

No entendimento de Rafael Pellizzetti, que defende um dos guardas municipais, a sentença do magistrado foi adequada. “Foi reconhecido que não houve a participação do guarda no caso. Trabalhei no sentido de comprovar, através de laudos periciais, que os projéteis não partiram das armas dos guardas municipais”, comentou.

Por sua vez, o advogado Gustavo Alberoni Pereira, que é o assistente de acusação contratado pelos familiares de Roni para atuar no caso juntamente com o MP, confirmou que realmente já está preparando o recurso da decisão e que pretende ajuizá-lo até a próxima segunda-feira (22). “Esta decisão nos pegou de surpresa, foi inesperada para a família, visto que existem três laudos. Um deles é positivo para a acusação, outro positivo para a defesa e um terceiro laudo inconclusivo. Ou seja, o caminho natural seria levar os acusados a júri para que o caso não fique impune, pois sabe-se que um deles atirou contra o Roni”, comentou Alberoni.

Ainda no entendimento de Alberoni, não há outra decisão justa para o caso que não fosse o júri popular. “Existem provas suficientes para levar o caso a julgamento, por isso vamos recorrer e tenho muita convicção de que o Tribunal deve reformar a decisão”, declarou. Ele ainda lembrou que o promotor que está acompanhando o caso foi muito cauteloso e, inclusive, arrumou a denúncia afirmando que ficava claro que um dos envolvidos teria atirado contra Roni. “Nas alegações finais do Ministério Público, foi dito que existem provas suficientes para encaminhar o processo a júri popular”, complementou.

A reportagem do jornal O Popular tentou entrar em contato com o Ministério Público, mas não obteve sucesso.

Publicado na edição 1096 – 18/01/2018

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