Marcelo “Negão” morre após confronto com PM

Marcelo “Negão” estava com tornozeleira eletrônica, aparelho que indicou à polícia sua exata localização
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Marcelo “Negão” morre após confronto com PM
Marcelo “Negão” estava com tornozeleira eletrônica, aparelho que indicou à polícia sua exata localização

 

Após envolvimento no mundo do crime, com passagens por roubo e acusado pelo homicídio de uma mulher no estacionamento do supermercado Condor em Araucária, Marcelo Rodrigo Buchanelli Alves, 30 anos, conhecido como “Negão”, morreu no início da tarde desta quarta-feira, 10 de janeiro, em confronto armado com a Polícia Militar.

Durante a manhã de ontem, houve um roubo a um veículo Hyundai HB20, na Cidade Industrial de Curitiba. Policiais que atenderam a esta ocorrência, informaram que foi visto dando cobertura aos meliantes, um VW Voyage de cor branca, placas BAC-4063. Esta placa, aliás, era na verdade de um veículo VW Saveiro.

Marcelo “Negão” morre após confronto com PM

Foi então que a polícia de Araucária foi acionada, porque a tornozeleira eletrônica de um indivíduo que estava no Voyage emitiu sinal de monitoramento. De acordo com o sinal, o elemento, Marcelo “Negão”, teria vindo com o Voyage para Araucária.

Durante algumas horas, a tornozeleira parou de emitir a localização, provavelmente porque Negão realizou alguma manobra para despistar os policiais. Contudo, logo após o meio dia, o aparelho voltou a funcionar e indicou onde Negão estava.

A PM foi até o endereço repassado, no jardim Monalisa, e constatou o tal Voyage branco estacionado dentro de uma casa. Após algum tempo em observação, Marcelo Negão entrou no carro e, mesmo com a ordem de parada para abordagem vinda dos policiais, ele não acatou e optou pela fuga.

Em certo momento, ele conseguiu sair do carro e passou a pular muros de casas. Em uma das residências, Marcelo Negão conseguiu se esconder embaixo do chassi de um caminhão, mas o cerco estava feito pelos policiais, visto o apoio de outras equipes.

Cerca de uma hora e meia após o início da ocorrência, Negão saiu do esconderijo e, percebendo que não teria saída, sacou uma arma de fogo e disparou contra os PM’s. Desta forma, um dos policiais revidou, a fim de proteger a comunidade e a equipe. Marcelo foi atingido e o Siate chegou a ser acionado, mas ele veio a óbito no local, na rua Alexandre Wisocki, próximo à Câmara Municipal de Vereadores, no bairro Fazenda Velha.

O Instituto Médico Legal (IML) e a Criminalística foram acionados para recolher o corpo, encaminhado para a sede do órgão, em Curitiba.

PASSADO DE CRIMES

Em dezembro de 2014, Marcelo Negão foi preso, acusado de ser o responsável pelos tiros que atingiram um guarda municipal de Curitiba, mataram a jovem Carla Schimaida e que também atingiram o esposo dela durante uma confusão na saída do estacionamento do supermercado Condor, no centro de Araucária.

Antes disso, ele já havia sido condenado por um crime e absolvido por outro após julgamento realizado na metade do ano de 2014, no Fórum local. Com a sentença, ele pegou mais de cinco anos de detenção em regime semiaberto, por um crime em setembro de 2007, quando Negão e Diego Martins de Oliveira, o Dieguinho, morto em junho de 2013, abordaram uma vítima, deram voz de assalto e roubaram um veículo e outros objetos.

Nesse mesmo julgamento, Negão estava sendo acusado também pelo crime de homicídio qualificado, porque teria participação no assassinato de Leônidas Borges, segurança da antiga casa noturna Diesel, ocorrido em setembro de 2007. No entanto, deste crime Negão foi absolvido devido à insuficiência de provas.

Ainda, antes do julgamento, Marcelo Negão esteve preso por alguns anos porque foi pego com um veículo roubado, arma de fogo e munições.

 

Publicado na edição 1095 – 11/01/2018

Foto: Marco Charneski

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