Moradores reclamam de barulho no Boteco do Piska

Segundo informações, o gerador ficou ligado até às 4h
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Moradores reclamam de barulho no Boteco do Piska
Segundo informações, o gerador ficou ligado até às 4h

 

O estabelecimento Boteco do Piska, no centro da cidade, próximo à Prefeitura, voltou a tirar seus vizinhos do sério. Tudo por conta do barulho e algazarra que suas noitadas têm provocado.

No último fim de semana, por exemplo, o proprietário do boteco chegou a ligar um gerador de energia num terreno que fica atrás do comércio. O equipamento teria sido necessário porque o fornecimento de eletricidade do estabelecimento, disponibilizado pela Copel, teria apresentado problemas. A solução encontrada pelo empresário foi ligar o barulhento gerado, que ficou funcionando até por volta das 4h.

Conforme apurado, o tal gerador, além do alto barulho provocado, estava exalando forte odor de diesel. “Alguns vizinhos são idosos e o barulho e aquele cheiro forte estavam incomodando muito, ainda mais os moradores mais velhos”, disse uma pessoa que mora na região.

Outra vizinha disse que desde o ano de 2014 não tem paz nas noites de sexta-feira e sábado. “Estávamos até acostumando com esse barulho constante aos fins de semana. Mas no último foi um absurdo aquele gerador”, comentou. Segundo ela, sempre há música ao vivo e “dizem que estão fazendo até bailão no estabelecimento”. A moradora acredita que não há o devido isolamento acústico no local. “Na casa tem um salão principal que não tem forro, é bem rústico. Depois, foi feito uma espécie de ‘puxadinho’, este sim tem forro com proteção acústica, porém o barulho é feito no salão principal. Além disso, o som toca bem perto de uma porta de vidro, que sempre está aberta pelo calor dentro do boteco”, comentou.

A moradora incomodada com tanta bagunça, revelou que precisa dormir com protetores de ouvido. “Não queremos proibir nada, mas que façam a coisa certa. Até mesmo a Prefeitura precisa fiscalizar corretamente este local. A vizinhança já até protocolou um pedido na Procuradoria registrando formalmente a reclamação”, informou.

Outro vizinho, destacou que o barulho realmente não é isolado e que o incômodo é grande. “Outro problema que devemos lembrar é que os clientes do local acabam fazendo bagunça fora do bar, no meio da rua. As festas duram em média até 3h30, 4h. Já as pessoas ficam fazendo bagunça até às 6h, muitas vezes”, apontou.

Ele disse que também não é contra o fato das pessoas se divertirem, mas pede aos órgãos fiscalizadores para que estejam a par dessas ocorrências garantindo que tal diversão ocorra com regras. “Por vezes já vimos pessoas bebendo, brigando e agredindo-se fisicamente. Não temos sossego todo fim de semana e vemos as autoridades compactuando com o que está acontecendo, pois aqueles que tem o dever de reprimir situações como essa, acabam fechando os olhos”, afirmou, complementando que ele tem filhos e pessoas de idade em casa, e que no começo suas crianças choravam porque não conseguiam dormir pelo barulho promovido.

Para ele, operações de bloqueio próximas ao estabelecimento poderiam ajudar a começar a resolver o problema. “Vemos que a fiscalização não acontece realmente, porque observamos pessoas saindo alcoolizadas dali, até mesmo carregadas. Em alguns casos, estes ainda entram em seus carros e saem dirigindo, colocando em risco suas próprias vidas e a de outras pessoas. Fora aqueles que estacionam em cima da calçada. Mas não existe nenhum tipo de vistoria, a situação está ao “Deus dará”, declarou.

O morador disse que sua intenção não é ser moralista e que cada um tem o direito de se divertir da forma como escolhe viver, mas que ele é contra o tipo de festa realizada no boteco. “O tipo de algazarra feita ali deveria acontecer em uma chácara ou local mais afastado para não ter perturbar os outros. Só que este é um problema que para nós, vizinhos, parece não ter fim. Já fizemos abaixo assinado, entramos em contato com autoridades, mas parece que nunca haverá solução. Os idosos também reclamaram no começo, mas agora cansaram, pois parecem que tem até medo”, pontuou.

Na noite em que o tal gerador de energia foi ligado, houve boletim de ocorrência por perturbação do sossego alheio registrado na Polícia Militar, que, informou, também, que o estabelecimento está com a documentação em dia e possui alvará para tocar música ao vivo.

O proprietário do Boteco do Piska relatou que teve problemas internos com o fornecimento de energia e que por isso teve que usar o gerador no sábado, mas que avisou os vizinhos.

A Prefeitura também informou que, de acordo com a Secretaria de Finanças, o estabelecimento possui alvará e é permitido som com limite de 60 decibéis até à 1h55 da manhã. Quanto à fiscalização, foi dito que ela é realizada pelas Secretarias de Urbanismo e Meio Ambiente mediante reclamações via Ouvidoria.

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