PM recolhe filhote de Veado-catingueiro após atropelamento

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PM recolhe filhote de Veado-catingueiro após atropelamento
A filhote foi batizada de Susi e está sob observação

 

A Polícia Militar, durante patrulhamento rotineiro, avistou um filhote da espécie animal Veado-catingueiro ferido após possível atropelamento na rua Silvio Furman, na área rural de Formigueiro, por volta das 15h de sábado, 29 de abril.

Os policiais realizaram as primeiras intervenções e entraram em contato com órgãos competentes para o encaminhamento do animal, como o Batalhão de Polícia Ambiental, Instituto Ambiental do Paraná e a clínica Vida Livre, porém, sem sucesso sobre o atendimento clínico do filhote.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) foi acionada e, através de uma veterinária da rede, o pequeno animal foi deslocado até uma clínica particular em Curitiba e atendido. Isto porque o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), que até então recolhia animais em vulnerabilidade, está fechado, e a unidade de internamento da Universidade Federal do Paraná, a qual a Prefeitura possui parceria, também estava lotada. “O problema maior foi que por tratar-se de um filhote de cerca de dois meses, são necessários cuidados frequentes, como amamentação de duas em duas horas. Sem contar que devido ao acidente, o filhote perdeu muito sangue e apresentava lesões na face”, contou a veterinária Carine Budziak Dangelo que intermediou todo o processo de internamento do animal, batizado de Susi.

De acordo com a médica, a pequena Susi, por sorte, não teve nenhuma fratura e está sob observação até a adaptação à nova dieta, visto que está ingerindo leite de cabra. Desde o início desta semana, a equipe da SMMA realizou uma força tarefa em busca de um novo lar para Susi. “Estamos tentando que em santuários, ou locais deste tipo, acolham a filhote para que ela tenha contato com outros da mesma espécie”, afirmou Carine.

A veterinária ainda lembrou e esclareceu sobre o que fazer em caso de atropelamento ou acidentes envolvendo animais silvestres, que podem acontecer principalmente em rodovias ou estradas rurais. “A orientação é que procurem um órgão competente para realizar a entrega do animal, a Guarda Ambiental, por exemplo, está esclarecida sobre como fazer encaminhamento”, disse Carine.

Ela enfatizou que, mesmo que haja boa vontade em ajudar ou socorrer animais silvestres feridos, a manutenção destes animais em cativeiro configura crime.

Foto: Rafaela Carvalho

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