Presta depoimento na DP homem que teve família assassinada

Após receber alta no hospital, Rodrigo fugiu para cidade no interior
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Presta depoimento na DP homem que teve família assassinada
Após receber alta no hospital, Rodrigo fugiu para cidade no interior

 

Na noite de 12 de janeiro deste ano, após uma perseguição que acabou em tragédia no bairro Capela Velha, Rodrigo de Oliveira Camargo, 30 anos, perdeu a filha de 4 anos, Julia Eduarda Munhoz Camargo, e a esposa, Cristiane Mariano Munhoz, 25 anos.

Segundo informações, um veículo GM Cobalt, de cor prata, teria saído em alta velocidade ao encalço do carro em que estava a família de Rodrigo, um VW Fox. Próximo à esquina das ruas Tiriva e Patativa o Cobalt teria pareado o Fox. O motorista e o passageiro do Cobalt teriam descido do veículo e disparado contra o outro carro. No banco do passageiro estavam Cristiane e a filha no colo, que foram atingidas e não resistiram aos ferimentos, vindo à óbito ainda no local.

Rodrigo, mesmo baleado, conseguiu fugir e após ser socorrido ficou alguns dias internado no hospital. Lá, ele recebeu a visita de policiais civis informando que, assim que ele tivesse condições físicas, deveria ir à Delegacia de Polícia de Araucária prestar seu depoimento. No entanto, ao receber alta médica, Rodrigo desapareceu. A família dele foi ouvida na DP e disse que também não sabia de seu paradeiro.

Na última semana, ele compareceu à DP na presença de seu advogado para então manifestar-se sobre o caso. Ele teria dito que não sabe o motivo dos dois assassinatos, mas que imagina que ele era o alvo. Ainda, Rodrigo teria informado que não viu quem foram os atiradores, mas que sua esposa e filha foram realmente executadas, visto que estava sendo trabalhada a hipótese de que ambas teriam sido atingidas “acidentalmente”.

Ao que se sabe, Rodrigo teria envolvimento com o tráfico de drogas. Mas na Delegacia ele teria negado ser traficante e dito que nem mesmo era usuário.

Sobre seu desaparecimento nos últimos meses, Rodrigo disse estar com medo de ser assassinado. Por isso, estaria escondido em outra cidade e que após o depoimento na DP voltaria ao esconderijo fora de Araucária.

Embora tenham sido apontados apelidos dos supostos atiradores, a Polícia Civil ainda não identificou a autoria dos disparos contra Cristiane e Julia. Moradores da região também não estariam colaborando nas investigações, afirmando não ter visto nem ouvido nada na noite dos homicídios. Assim como em outros crimes desse tipo, impera a lei do silêncio entre a comunidade.

 

 

Foto: divulgação

Publicado na edição 1104 – 15/03/2018

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