Suspeito de estupros é transferido para Curitiba e confessou crimes

Cleverson foi preso em sua casa no bairro Costeira, ficou detido na carceragem local e então transferido para a Casa de Custódia, em Curitiba. Foto: André Rodrigues
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Suspeito de estupros é transferido para Curitiba e confessou crimes
Cleverson foi preso em sua casa no bairro Costeira, ficou detido na carceragem local e então transferido para a Casa de Custódia, em Curitiba. Foto: André Rodrigues

 

Cleverson Machado, 32 anos, foi preso na última quinta-feira, 10 de janeiro, na casa onde ele residia, na rua Deli de Brito Soares, no bairro Costeira. O homem está sendo investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NUCRIA), suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 12 anos, em Curitiba.

Apesar de ser acusado de cometer os crimes na capital, a polícia sabe que ele era morador de Araucária há alguns anos. Inclusive, quando a polícia civil foi até a casa de Cleverson para realizar a prisão, a vizinhança relatou que ele chamava crianças para, atraindo-as com doces e com seu cachorro de estimação.

O delegado do Nucria, Erik Busetti, que recebeu o apoio do delegado Tiago Wladyka, da delegacia central de Araucária, na captura do indivíduo, comentou que em 2014 o suspeito já havia sido preso em flagrante. “No primeiro caso, em junho de 2014, ele estava aliciando um adolescente, onde marcava pela internet encontro com o menor. No local combinado, foram os pais do menor, acompanhados por guardas municipais, onde Cleverson foi preso em flagrante. Depois, em dezembro do mesmo ano, ele foi novamente enquadrado por estupro de vulnerável, sendo a vítima uma criança de 9 anos”, contou Busetti.

O delegado ressaltou que o “modus operandi” de Cleverson sempre foi muito semelhante. De acordo com relatos, ele ficava observando as vítimas, puxava conversa e passava a se aproximar. Quando os menores se davam conta, já estavam sendo abusados e constrangidos. “As vítimas de Cleverson sempre foram meninos, crianças ou adolescentes. Nos casos anteriores, os relatos são que ele segurava os garotos e esfregava suas partes íntimas. Já no atual caso, do menino de 12 anos, o ato sexual foi consumado”, afirmou.

De acordo com Busetti, Cleverson tinha contato com a vítima pelo telefone e vinha, há cerca de um ano, cometendo os crimes. “Os pais descobriram porque pegaram o celular do filho e viram as conversas. O garoto passou a apresentar também comportamento estranho na escola, saía limpo de casa e voltava sujo. Ainda, segundo os pais, o garoto estava disperso e agressivo, sintomas do abuso”, disse.

Conforme as investigações, Cleverson aguardava o menino sair de casa para ir à escola e no caminho o encontrava, ameaçava a vítima com uma faca e cometia os abusos, sendo um deles em terreno baldio no bairro Guaíra e outro dentro do cemitério Água Verde.

Através de denúncia anônima o Nucria e a Delegacia de Polícia Civil de Araucária conseguiram chegar até Cleverson. Conforme foi apurado, no período dos crimes, o indivíduo frequentava uma casa de parentes em Curitiba, de onde já o haviam expulsado. Até o momento, conforme comentou o delegado, nenhuma outra ocorrência de crime sexual envolvendo o mesmo suspeito foi registrada oficialmente.

Cleverson foi interrogado nesta quarta-feira e confessou os crimes contra o menor de 12 anos. “Ele não relatou detalhes, mas confirmou os abusos no cemitério e no terreno baldio”, apontou o delegado. Sobre sua ocupação, o acusado teria dito que é aposentado em razão de problemas mentais.

Hoje Cleverson encontra-se detido na Casa de Custódia de Curitiba por tempo determinado. Nos próximos dias, testemunhas serão ouvidas.

Publicado na edição 1146 – 17/01/19

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