Vão em cana homens que se passavam por policiais

Foto: Marco Charneski
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Vão em cana homens que se passavam por policiais
Eles foram presos em flagrante nesta terça-feira, 16 de outubro. Foto: Marco Charneski

 

Uma equipe de investigação da Delegacia de Polícia Civil de Araucária prendeu em flagrante nesta terça-feira, 16 de outubro, quatro homens suspeitos de formação de quadrilha e extorsão. Eles foram identificados como Laercio Medeiros, 45 anos, Josimar Olisses Silva Bruno, 30 anos, Rogerio Druscz, 35 anos e Mateus dos Santos, 54 anos. Eles estão na carceragem local à disposição da Justiça.

Segundo a investigação, eles se passavam por falsos policiais ou diziam que conheciam policiais para intimidarem as vítimas das quais eles faziam cobranças. Desta forma, e realizando grave ameaça, eles conseguiam extorquir dinheiro e, inclusive, usavam documentos falsos da Polícia Civil.

A quadrilha foi descoberta porque uma das vítimas não se intimidou com as ameaças e foi à Delegacia de Araucária verificar o que estava acontecendo. Lá, a vítima foi informada de que a Polícia Civil não faz este tipo de cobrança. Após o boletim de ocorrência registrado, a vítima marcou um encontro com os homens em um posto de combustíveis próximo ao bairro Porto das Laranjeiras para negociar a dívida, mas avisou a polícia. Assim, o quarteto foi abordado e preso em flagrante.

Na abordagem e na revista ao carro dos bandidos foi encontrado um soco inglês com uma lâmina e dois “porretes” de madeira, bem como uma carteira de identificação da “Academia Nacional de Investigações e Segurança”, onde Mateus era intitulado como “Agente Secreto”.

Foi constatado que Laercio já tinha indicativo criminal por porte de arma. Ele vinha fazendo a cobrança junto à Josimar (morador de Araucária) e Mateus (morador de Contenda). Já Rogério seria o credor e também morador de Contenda. A dívida surgiu porque Rogério teria vendido à vítima duas cargas de batata, no valor de R$ 22 mil.

“Ele me prometeu os cheques em 10 dias pela compra das batatas, mas ficou enrolando durante um tempo. Por isso, procurei advogados que não quiseram pegar a causa. Eu conhecia o Mateus que disse que poderia ajudar na cobrança. Quanto aos outros, não os conhecia e nunca os contratei”, afirmou Rogério. Os demais envolvidos negaram envolvimento com a cobrança e com as ameaças.

O delegado de Araucária, João Marcelo Renk Chagas, comentou que, se outras pessoas identificarem já terem sido vítimas dos indivíduos citados, devem procurar a DP para registro de boletim de ocorrência.

Ainda, o delegado informou que, para realizar cobranças existem empresas específicas. “A cobrança só é legal desde que enquadre-se no Código de Defesa do Consumidor. Nunca deve ser feita sob ameaça”, finalizou.

Publicado na edição 1135 – 18/10/18

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