Lançado na primeira quinzena de fevereiro, o programa da Prefeitura que promete acabar com a demora em conseguir uma consulta com os chamados médicos especialistas ainda não deslanchou. Isso, porém, não quer dizer que as coisas não melhoraram. Pelo menos é o que garante a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
Na manhã desta quinta-feira, 12 de março, o secretário de Saúde, Rogério Donato Kampa, apresentou alguns resultados deste primeiro mês do programa. “Neste primeiro momento, o resultado que alcançamos é fruto de uma reorganização dos recursos humanos da própria secretaria e também do nosso HMA”, explicou.
Entre as especialidades que já tiveram a oferta aumentada estão cardiologia, com mais cem consultas por mês, otorrinolaringologia com mais 160, ortopedia com mais trezentas e outras 96 consultas com cirurgião de cabeça e pescoço.
Todas estas mudanças, garante a SMSA, já fez com que a fila por uma consulta com especialista diminuísse. No caso da cardiologia, por exemplo, antes do programa iniciar havia 663 pessoas aguardando. Hoje, são 320. Já na ortopedia a fila diminuiu de 423 para 210.
O secretário afirmou que outro objetivo do programa que já está sendo colocado em prática é o aumento da oferta de exames complementares, como ultrassonografia, eletrocardiogramas, endoscopias, ecocardio, testes de esteira, colonoscopia e outros. “Parte desses exames serão feitos no próprio HMA, que já dispõe desses equipamentos”, explicou.
Oftalmologia e neurologia
Ainda conforme Rogério, a SMSA iniciará a partir do dia 17 de março um mutirão para as especialidades de oftalmologia e neurologia adulta. Serão duzentas consultas com oftalmo e cem com neuro por semana. “Os centros de saúde já vão começar a chamar os pacientes que estão aguardando encaminhamento para essas especialidades nos próximos dias. Por isso, quem estiver aguardando precisa manter seus dados atualizados nas unidades”, alertou.
Até 30%
O secretário de Saúde aproveitou a oportunidade e voltou a citar um problema crônico que existe no caso das especialidades, que é o alto índice de pessoas que simplesmente faltam à consulta. “Hoje, entre 25 e trinta por cento das consultas agendadas não são realizadas porque o paciente não aparece no dia e hora marcados. Precisamos diminuir esse percentual. A pessoa precisa entender que quando ela falta à consulta ela está, no mínimo, tirando a vaga de outro paciente”, finalizou.
Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: EVERSON SANTOS