Capela do Porto das Laranjeiras pede apoio do Poder Público

Assembleia reuniu mais de 500 pessoas da comunidade e foi marcada por discussões acaloradas
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Capela do Porto das Laranjeiras pede apoio do Poder Público
Assembleia reuniu mais de 500 pessoas da comunidade e foi marcada por discussões acaloradas

 

O Conselho Missionário de Pastorais Comunitário – CMPC da Capela Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro Porto das Laranjeiras, reuniu a comunidade em uma assembleia na noite de segunda-feira, 26 de junho, para informar sobre o andamento do procedimento instaurado pelo Ministério Público, que pede a retomada do imóvel por parte do Município, onde a Capela está instalada. O secretário de Governo Genildo Carvalho e o procurador-geral do município Simon Gustavo Caldas de Quadros também participaram da reunião, que aconteceu no salão comunitário da capela e reuniu mais de 500 pessoas. Em vários momentos, o clima na assembleia chegou a ficar tenso e foi necessária a intervenção dos mediadores.

Os representantes da Prefeitura ouviram os argumentos da comunidade, que demonstrou estar bastante preocupada em perder o patrimônio que ajudou a construir e também com o futuro dos projetos sociais mantidos pela Capela. Diante dos argumentos apresentados, a Prefeitura se comprometeu em analisar todo o processo e dar uma resposta à comunidade.

Segundo o coordenador do CMPC, Alexandre Cordeiro Leal, a proposta da assembleia era explicar para a comunidade o que está ocorrendo e também pedir apoio do Poder Público e sensibilizá-lo quanto ao problema social que poderá surgir com a retomada do imóvel. “Hoje nós temos 15 pastorais e 487 famílias cadastradas, que são assistidas pela Capela. Aqui também é o único espaço que a comunidade do Porto das Laranjeiras e bairros vizinhos possuem para fazer suas manifestações religiosas e culturais. Temos 123 crianças na catequese, 12 famílias são atendidas pela Pastoral Familiar e Judiciária, onde tentamos acertar a situação civil dos casais e, se for o caso, acolher seus filhos na catequese, temos ainda 16 doentes em fase terminal que são atendidos com Evangelho e Comunhão pelos Ministros e Grupos de Jovens., além de vários outros serviços. Talvez o Ministério Público e a Prefeitura não estejam dimensionando a importância do trabalho social que a Capela desenvolve”, comentou o coordenador.

Questão judicial

Alexandre disse que existem dois processos paralelos tramitando, sendo um deles de autoria do Ministério Público, requerendo a posse do terreno, e outro movido pela Capela, apresentando os argumentos para permanecer no local. “Na decisão, a Juíza Patrícia Mantovani, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Araucária, que concedeu ao Município a reintegração de posse do terreno, analisou apenas o processo do MP, por isso entramos com recurso para que sejam analisados os dois processos e para que possamos levar a questão a uma audiência de conciliação. Estamos aguardando a decisão da Juíza, mas se ela não der parecer favorável, vamos recorrer em 2ª instância, no Tribunal de Justiça do Paraná”, explicou.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto:  Marco Charneski

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