Comec não assume linha Tupi-Pinheirinho e transporte coletivo de Araucária vira um caos

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Os últimos dias têm sido tensos para os usuários do transporte coletivo de Araucária. Tudo por conta da interrupção nesta semana da linha Tupi-Pinheirinho, que era tocada pela empresa Transtupi.

Até o início do ano, a linha era mantida pela Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC). Porém, por se tratar de uma linha metropolitana, ou seja, cujo início se dá num município e o final em outro, a companhia alega que não tem como gerenciá-la e que isso seria atribuição da Coordenação da Região Metropolitana (Comec). No início do ano, inclusive, houve uma reunião entre Comec e CMTC e, na oportunidade, o órgão estadual, afirmou que passaria a gerenciar a linha Tupi-Pinheirinho. No entanto, lá se foram praticamente dois meses e nada da COMEC cumprir com sua palavra. Neste período, a Transtupi acabou mantendo a linha sem receber por ela. Esta semana, porém, a empresa disse que chegou ao seu limite, não como continuar com os ônibus circulando sem receber.

Sem essa opção para se deslocar até Curitiba diretamente pela Caximba, os passageiros da região Sul da cidade tiveram que utilizar as linhas do TRIAR que são de responsabilidade da Viação Tindiquera e desembarcar no terminal central para só então pegar um ônibus para ir a Capital.

Como se não bastasse o tempo extra dentro dos ônibus e a baldeação em terminais, as linhas do TRIAR que abastecem a região Sul não estavam preparadas para essa demanda extra de passageiros. Resultado: ônibus superlotados e muita mais muita reclamação mesmo

Na quarta-feira, 8 de março, por exemplo, o sistema de transporte municipal quase entrou em colapso. Isto porque, sem a linha Tupi-Pinheirinho, cerca de 3.500 passageiros a mais passaram a utilizar linhas como São Francisco, Costeira-Dampezzo e Santa Clara, além dos Linhões para chegar até o terminal central. Como desgraça pouca é bobagem, os milhares de novos passageiros ainda encontraram um outro problema no terminal central: as linhas metropolitanas, como Ligeirinho, Portão e Pinheirinho também não conseguiam dar vazão à quem precisava chegar a Curitiba.

Nesta quinta-feira (9) a CMTC tentou amenizar o problema colocando ônibus extras para trazer os passageiros da região do Campina da Barra até o terminal central. No entanto, as linhas metropolitanas, de responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana (COMEC), não foram reforçadas, o que manteve as reclamações lá em cima.

O Popular entrou em contato com a COMEC, que não demonstrou lá muita preocupação com a situação dos passageiros. Disse que está realizando estudos de viabilidade operacional e financeira e não deu prazo para assumir a Tupi-Pinheirinho.

A CMTC, por sua vez, afirmou que está fazendo o que pode para atender os passageiros do Campina da Barra e redondezas que precisam de ônibus. Informou que já reforçou os ônibus que atendem a região e que já iniciou os estudos para criar uma linha que ligue direto o bairro ao terminal do Vila Angélica, onde eles poderiam fazer a integração com os terminais de Curitiba.

Comec não assume linha Tupi-Pinheirinho e transporte coletivo de Araucária vira um caos

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