Convenção do PRP acaba em confusão

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O último dia das convenções partidárias foi marcada por uma confusão envolvendo o encontro dos convencionais do Partido Republicano Progressista (PRP), que aconteceu no CAIC, localizado no conjunto Califórnia, na noite de sexta-feira, 5 de agosto. O clima no local estava tão quente que o presidente da legenda em Araucária, Clodoaldo Sizenando, foi xingado, empurrado e teve que sair às pressas da convenção para acabar não sendo agredido.

Segundo apurou nossa reportagem, a confusão de seu em razão da decisão de Sizenando de não lançar a candidatura própria do sindicalista Nilton Campos a prefeito, bem como levar a legenda para integrar a chapa de Rosane Ferreira (PV) e aprovar uma coligação de candidatos a vereadores do PRP com outros dois partidos: PEN e PSD, este segundo presidido em Araucária pelo vereador Wilson Roberto David Mota.

 

À nossa reportagem, Nilton Campos, preterido na indicação de candidato a prefeito, disse que Sizenando atrasou o horário de início da convenção e em poucos minutos disse apenas que ele já teria tomado às decisões acerca das coligações. Nilton afirmou ainda que Sizenando não permitiu que ele falasse durante o encontro e sequer colocou em votação entre os membros da Executiva a ida para o lado do PV e a coligação proporcional com o PEN e o PSD. “Ele chegou lá e disse que essas decisões caberiam a ele enquanto presidente. O livro da ata da convenção também não foi apresentado. Na prática, não houve convenção”, denuncia.

 

Ainda segundo Nilton, a revolta dos convencionais e dos pré-candidatos a vereador é que, na prática, a decisão unilateral de Sizenando de levar o PRP para uma coligação com o PEN e o PSD na proporcional praticamente acaba com as chances de o partido fazer uma das onze cadeiras na Câmara.

 

A insatisfação de Nilton e de outros pré-candidatos foi tanta que eles redigiram uma ata e a autenticaram em cartório no sábado (6) garantindo que o PRP não realizou a convenção e que Sizenando escondeu o livro ata rubricado pelo juiz eleitoral, no qual devem ser lavradas as decisões sobre candidaturas e coligações. Ainda segundo o pré-candidato a prefeito preterido, nessa segunda-feira (8), ele e outros integrantes do partido devem entrar com uma ação na Justiça para impedir que a convenção que Sizenando diz ter realizado seja considerada válida pela Justiça Eleitoral.

 

Sizenando se defende

Ao O Popular, Sizenando deu outra versão para a confusão que marcou a convenção do PRP. Segundo ele, há uma autorização do diretório estadual dando o aval para a executiva municipal deliberar sobre as questões sobre coligações e candidaturas. “Em relação a majoritária o próprio presidente regional deixou claro para o Nilton que aqui no município o partido tem e sempre teve autonomia, e a maioria da executiva não aceitou o nome dele (Nilton) para prefeito, assim como aprovamos a coligação com o PSD e o PEN.

 

Sobre a acusação que, na prática, a convenção não teria acontecido, Sizenando afirma que foi Nilton quem incitou uma minoria a tumultuar os trabalhos. “Houve a convenção em meio ao tumulto provocado por uma minoria incitada por ele, fiz o pronunciamento conforme estabelecido, porém ele não aceitou e não está aceitando. Mas, ao final, a maioria da executiva já aprovou e assinou a ata da convenção no livro atestado pelo juiz conforme estabelece o estatuto do partido”, declarou.

 

Sobre a ata “paralela” assinada por vários pré-candidatos e integrantes da executiva afirmando que não houve a convenção, Sizenando afirma que o documento não tem validade e que Nilton teria pressionado várias pessoas a assiná-la. Pessoas que, inclusive, teria assinado também a “ata oficial”, que aprovou a coligação com o PEN e PSD na proporcional e com o PV na majoritária. “Essa ata aí é nula, pois não é a atestada pelo juiz, essas assinaturas colhidas foram feitas por pressão, pois o Nilton estava a dizer para eles que eles não sairiam candidatos caso não assinassem. Tanto é que parte dessas assinaturas é a mesma da ata oficial, cujo livro é rubricado pelo juiz”, garantiu.

Abaixo, veja ata paralela feita por convencionais e pré-candidatos do PRP afirmando que não houve convenção

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Texto: Waldiclei Barboza/ Imagens: Colaboração

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