CPI do HMA faz nova reunião na Câmara

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Os vereadores que integram a CPI do Hospital Municipal de Araucária (HMA) realizaram na manhã desta quinta-feira, 9 de outubro, mais um reunião acerca dos problemas que cercam a unidade de saúde. O encontro aconteceu na sala da Presidência da Câmara e reuniu, além dos edis que integram a Comissão, o comando da Secretaria de Saúde e da Procuradoria Geral do Município (PGM) e do Conselho Municipal de Saúde (Comusar). Embora tenham sido convocados, representantes da Bio-Saúde, que administra o Hospital atualmente, não compareceram, alegando o clássico “já terem compromissos anteriormente agendados”.

Basicamente, o que os vereadores queriam saber é se, por alguma razão, a Prefeitura estaria retendo pagamentos a Bio-Saúde. A informação dada pelo secretário de Saúde, Rogério Donato Kampa, foi de que não, sendo que a única coisa que não foi paga foram serviços cuja administradora do HMA ainda não comprovou sua realização.

Conforme o secretário, a uma pendência com a Bio-Saúde de pouco mais de R$ 1,5 milhão, dos quais R$ 968 mil estão retidos em virtude de falhas na prestação de contas. Já o restante ainda não foi quitado porque a organização social não teria apresentado a fatura em conformidade com aquilo que preceitua o contrato.

Sobre o contrato principal para gerenciamento do HMA, que ainda está sendo analisado pela Prefeitura, o procurador geral do Município, Gláucio Galize, informou que houve uma manifestação da PGM recomendando a habilitação das duas organizações sociais interessadas no comando do Hospital, sendo que o processo está agora nas mãos da Comissão de Publicização, que analisa o caso, para decisão, o que espera-se aconteça no início da próxima semana.

Questionado pelo vereador Vanderlei Cabeleireiro (DEM), o diretor técnico do HMA, Claudio Bedcnarzuk, informou que – operacionalmente – a unidade está funcionando com 90% de sua capacidade. Isso, porém, não representaria necessariamente que as metas contratualmente estabelecidas entre a Prefeitura e a Bio-Saúde estariam sendo cumpridas. Por exemplo, o setor de cirurgia geral está aberto, mas ao invés de fazer cem cirurgias fez apenas dez. Logo, o que deve ser pago são dez procedimentos. Vanderlei ainda questionou se os salários dos médicos e funcionários estão em dia. Segundo Dr. Cláudio, não há atrasos neste sentido.

Roupa suja

Vencida esta parte da reunião, o restante das falas se resumiu a uma espécie de lavação de roupa suja, com várias ilações sobre interferências da Secretaria de Saúde no trabalho da Bio-Saúde e até, pasmem, o modo como um diretor da SMSA estaria se identificando na portaria do HMA. Houve ainda troca de farpas entre o representante do Comusar e Rogério Kampa, nada que fosse relevante para a reunião e até uma batida na mesa do vereador Alex Nogueira (PSDB), algo desnecessário considerando a graduação, na estrutura de poder do Município, dos que estavam presentes na sala.

Texto: Waldiclei Barboza

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