Greve das educadoras entra no terceiro dia

Sindicatos fizeram passeatas pelas principais ruas da cidade nesta quarta-feira
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Greve das educadoras entra no terceiro dia
Sindicatos fizeram passeatas pelas principais ruas da cidade nesta quarta-feira

 

As educadoras infantis decidiram, em assembleia realizada no final da tarde desta quarta-feira, 18 de abril, manter a greve. Nesta quinta-feira, 19, a paralisação do grupo entra no terceiro dia.

Segundo o Sifar, sindicato que representa a categoria, entre as reivindicações da categoria estão a igualdade do calendário dos centros municipais de educação infantil (Cmeis) com o das escolas municipais, o reconhecimento do cargo de educadora como professoras da Educação Infantil e a implantação de hora-atividade a esses profissionais.

Ainda de acordo com o sindicato, os Cmeis estariam sofrendo com a falta de estrutura, sendo que – em contrapartida – a Prefeitura estaria gastando recursos públicos com ações, na opinião do Sifar, menos importantes. Nesta quarta-feira, inclusive, como forma de protesto, as educadoras penduraram jalecos nas palmeiras plantadas recentemente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no canteiro central da avenida Manoel Ribas. Também na programação do dia, as grevistas fizeram uma passeata pelo centro da cidade.

Embora não seja esse o cerne da questão, a Secretaria de Meio Ambiente informou que as palmeiras plantadas na Manoel Ribas não geraram qualquer tipo de despesa para a Prefeitura, já que as plantas foram doadas ao Município por uma empresa autuada em razão do cometimento de uma infração ambiental.

Descumprindo a lei

Também nesta quarta-feira, a Secretaria Municipal de Educação (SMED) informou que o Sifar não está cumprindo a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná, que na noite de terça-feira (17) determinou que pelo menos 50% das educadoras infantis retornasse imediatamente ao trabalho. De um total de 481 profissionais, 282 estão paradas e 199 estão trabalhando. O sindicato, por sua vez, alega que ainda não foi notificado da liminar.

O secretário de Educação, Henrique Rodolfo Theobald, porém, afirma que o movimento vem perdendo força, já sendo possível perceber uma queda na adesão à greve. “A tendência é a de que o movimento enfraqueça ainda mais, principalmente com a possibilidade do desconto dos dias parados no salário”, observou Henrique.

Greve das educadoras entra no terceiro dia
Educadoras querem, entre outras coisas, serem reconhecidas como professoras da Educação Infantil

Diálogo será mantido

Acerca da manutenção das negociações, o secretário de Governo, Genildo Carvalho, disse que a Prefeitura conversou com representantes do movimento grevista na tarde desta quarta-feira, oportunidade em que foi explicado, mais uma vez, que, por ora, as pautas não podem ser atendidas. Isto, porém, garantiu o secretário, não quer dizer que o diálogo foi encerrado. “Entendemos que a manutenção da greve é abusiva e penaliza todos os envolvidos de forma imediata, principalmente as famílias araucarienses que estão tendo tiradas pelos grevistas o direito ao Cmei”, pontuou.

 

Texto: Waldiclei Barboza / Fotos: Marco Charneski

Publicado na edição 1109 – 19/04/2018

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