Justiça estipula fiança em R$ 1,2 milhão para dono da Transtupi poder sair da cadeia

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Preso desde o dia 21 de março, em ação deflagrada pelo Ministério Público de Araucária com o apoio do Gaeco, o empresário Luiz Bem Hur Loures, proprietário da Transtupi Transporte Coletivo, pode sair da cadeia a qualquer momento. Isto, desde que recolha a fiança arbitrada pelo juiz Sérgio Bernadinetti, da Vara Criminal da Comarca.
Segundo apurou nossa reportagem, o magistrado – ao analisar um pedido de revogação da prisão preventiva – feito pela defesa de Ben Hur, entendeu que isso seria possível desde que cumpridas algumas medidas pelo investigado. Entre elas o recolhimento de fiança arbitrada no valor de R$ 1,2 milhão. Para chegar ao valor da fiança, o juiz teria se baseado na informação feita pelo Ministério Público de que seria esta a quantia que pode ter sido direcionada em proveito do acusado.
Para responder ao processo em liberdade, além de recolher a fiança, Ben Hur terá que comparecer mensalmente ao Cartório Criminal para prestar contas sobre seu paradeiro, não se ausentar da cidade sem autorização da Justiça, e não sair de casa nos finais de semana e feriados e no período da noite.
Pagou
Ainda conforme apurado pelo O Popular, quando pediu a revogação de sua prisão preventiva, Ben Hur admitiu que de fato pagou R$ 250 mil para o grupo supostamente liderado pelo ex-prefeito Rui Sérgio Alves de Souza (PTC). No entanto, ele disse que o fez porque fora achacado pela quadrilha, sendo que – se não o fizesse – a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) não pagaria as faturas em aberto devidas à Transtupi.
Nossa reportagem entrou em contato com a defesa de Ben Hur para saber se o acusado pretende recolher o valor da fiança. O advogado Roberto Brezezinski, no entanto, disse que, embora a família já tenha tomado uma decisão, pelo menos por enquanto não vai se manifestar publicamente sobre o assunto.
Entenda o caso
Ben Hur está preso desde o dia 21 de março, quando o MP deflagrou mais uma fase da operação Fim de Feira. Na oportunidade, além dele, foram cumpridos mandados de prisão contra outras quatro pessoas: o ex-prefeito Rui Sérgio Alves de Souza (PTC) e Joasiel Guilherme Soares (que já estavam detidos) e são apontados como os líderes da organização criminosa que agia na Prefeitura desde que o primeiro se tornou chefe do Poder Executivo municipal, no início do segundo semestre de 2016. Marcio Silva Salgado, que era o secretário de Meio Ambiente na gestão de Rui e também teve a prisão preventiva decretada em fase anterior da operação. Ele, no entanto, havia conseguido converter sua detenção em uso de tornozeleira eletrônica. Como a medida não vale para o novo decreto de preventiva, ele voltou para detrás das grades. O último detido foi Gustavo Escorsim Pedroso, que teria aberto uma empresa para receber os pagamentos supostamente oriundos de corrupção praticada na Prefeitura de Araucária. Gustavo, no entanto, já foi solto porque, segundo apurado por nossa reportagem, embora a empresa estivesse em seu nome, quem a operava era outra pessoa.
Texto: Waldiclei Barboza

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