MP vai apresentar denúncia contra presos na 2ª fase da operação Fim de Feira na semana que vem

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O Ministério Público de Araucária deve oferecer denúncia contra os presos na segunda fase da operação Fim de Feira até o final da semana que vem. Ao todo, cinco pessoas foram detidas na ação deflagrada no dia 21 de março, terça-feira da semana passada.
Segundo o que estabelece a legislação brasileira, o MP tem quinze dias corridos a partir da prisão para propor a ação principal, que será analisada pelo juiz Sérgio Bernardinetti, que comanda a Vara Criminal de Araucária. O magistrado é o mesmo que decretou as detenções da semana passada.
Dos cinco presos, dois já estavam detidos preventivamente: o ex-prefeito Rui Sérgio Alves de Souza (PTC) e Joasiel Guilherme Soares. Segundo o MP, ambos eram os líderes da organização criminosa que agia na Prefeitura desde que o primeiro se tornou chefe do Poder Executivo municipal, no início do segundo semestre de 2016. Marcio Silva Salgado era o secretário de Meio Ambiente na gestão de Rui e também teve a prisão preventiva decretada em fase anterior da operação. Ele, no entanto, havia conseguido converter sua detenção em uso de tornozeleira eletrônica. Como a medida não vale para o novo decreto de preventiva, ele voltou para detrás das grades. Os outros dois detidos são o empresário Luiz Ben-Hur Loures, proprietário da Transtupi Transporte Coletivo e Gustavo Escorsim Pedroso. O primeiro teria feito depósitos para a quadrilha liderada por Rui e o segundo teria aberto uma empresa para receber os pagamentos supostamente oriundos de corrupção praticada na Prefeitura de Araucária.
Ainda conforme apurou nossa reportagem, o Ministério Público está analisando todo o material apreendido na operação da semana passada. Como se sabe, além do cumprimento dos mandados de prisão preventiva, também foi feita busca e apreensão de documentos, computadores e celulares em vários locais, dentre os quais as sedes da Transtupi e da Viação Tindiquera. Os promotores responsáveis pela investigação devem usar parte deste material para complementar a denúncia que será feita à Vara Criminal do Município. O conteúdo das apreensões também poderá embasar futuras operações do MP local no combate à quadrilha.
Ben-Hur
Acusado pelo Ministério Público local, entre outras coisas, de ter repassado R$ 250 mil a quadrilha de Rui e Guilherme, por meio de dois depósitos feitos na conta da empresa de Gustavo Escorsim, a defesa do empresário Ben-Hur afirma que ainda está se inteirando da íntegra da peça acusatória. Segundo o advogado Roberto Brezezinski, o empresário e sua família estão bastante abalados com a situação. Ele ainda afirma que seu cliente jamais foi procurado pelo Ministério Público para prestar qualquer tipo de esclarecimento. O advogado acrescentou também que tão logo ele conclua a análise da acusação deve entrar com um pedido de liberdade de Ben-Hur.
Texto: Waldiclei Barboza

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