Reabertura do Armazém da Família empaca novamente

Araucária já chegou a ter três armazéns, mas furos encontrados na gestão dos estabelecimentos impedem reabertura
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Araucária já chegou a ter três armazéns, mas furos encontrados na gestão dos estabelecimentos impedem reabertura
Araucária já chegou a ter três armazéns, mas furos encontrados na gestão dos estabelecimentos impedem reabertura

A ideia da Prefeitura de Araucária era reabrir o armazém da família ainda neste mês de março, porém, o convênio com a Prefeitura de Curitiba, que permitiria isso sofreu um novo revés nos últimos dias e, a não ser que algo de muito novo aconteça, não há mais data para que o estabelecimento volte a funcionar.

Fechado em dezembro de 2012 pelo então prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB), os armazéns não foram reabertos em 2013 porque a Prefeitura de Curitiba, responsável pelo gerenciamento do programa, não quis renovar o convênio, alegando que entre 2009 e 2012 houve um rombo de R$ 1 milhão nos estabelecimentos de Araucária, oriundos de mercadorias entregues pela Secretaria de Abastecimento da Capital e que simplesmente sumiram dos estoques dos armazéns da família da cidade.

Conforme informações da Secretaria Municipal de Agricultura (SMAG), para resolver o impasse, no início deste ano, a Prefeitura de Araucária reconheceu a existência de uma dívida com Curitiba no valor de R$ 1.035 milhão e negociou o pagamento desta pendência em dez suaves parcelas. Com isso acertado, o convênio com a Capital, que é quem compra as mercadorias que abastecem os mercados, poderia ser reestabelecido.

Porém, na última semana, a Prefeitura de Curitiba veio com a conversa de que a dívi­da de R$ 1 milhão sofreria alguns acréscimos por conta de juros e correção monetária. O problema é que essa correção fez com que a dívida saltasse para R$ 1.641.078,68. Exatamente: R$ 600 mil a mais e olha que a negociação não estava sendo feita com nenhum agiota e sim com um órgão público.

Segundo o secretário de Agricultura, Carlos Couto, o Bagé, não existe possibilidade financeira de a SMAG arcar com esse acréscimo. “Vamos discutir essa situação novamente com o prefeito, mas entendemos que não existe justificativa para que só os juros representem mais do que 50% do valor original da dívida”, ponderou.

Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação de Curitiba para saber as razões que levaram ao acréscimo de mais de 50% na dívida. Eles, no entanto, afirmaram que não dariam declarações sobre o assunto, pois a questão já estaria sendo discutida judicialmente.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: CARLOS POLY / ACS

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