TRIAR a R$ 2,90 e gratuidades irão custar R$ 18 milhões aos cofres da Prefeitura em 2018

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TRIAR a R$ 2,90 e gratuidades irão custar R$ 18 milhões aos cofres da Prefeitura em 2018
Hissam fez o anúncio da redução no valor da tarifa em aparição surpresa na Câmara

 

Por mais incrível que pareça, mesmo com a redução da tarifa do TRIAR de R$ 4,25 para R$ 2,90, mais a concessão da gratuidade da passagem aos domingos e a isenção tarifária para que os alunos da rede municipal de ensino possam ir estudar, a Prefeitura irá injetar em 2018 menos recursos do que historicamente tem injetado para o custeio do transporte coletivo da cidade.

Segundo estimativas da Secretaria Municipal de Planejamento (SMPL), a chamada interferência de recursos do tesouro municipal para subsidiar transporte coletivo em 2018 será de até R$ 18 milhões. Menos do que os R$ 25 milhões agora de 2017 e muito menos do que os R$ 41 milhões gastos em 2012 e R$ 43,5 milhões de 2015. Veja na tabela ao lado quanto o Município repassou à CMTC nos últimos anos

A resposta dada pelo prefeito Hissam Hussein Dehaini (PPS) quando do anúncio da redução da tarifa na última terça-feira, 19 de dezembro, para explicar como isso foi possível é simples: “isso nada mais é do que resultado da economia feita com a extinção da CMTC, a maior austeridade na fiscalização do sistema e não darmos margem a qualquer tipo de possibilidade de corrupção”, disse.

Para entender um pouco melhor como funciona o sistema de transporte coletivo no Município, é preciso explicar que de onde vem o dinheiro que custeia tudo isso. A grana vem basicamente de duas fontes: recursos arrecadados com as tarifas pagas pelos passageiros e valores transferidos pela Prefeitura, a chamada interferência financeira.

Para 2018, por exemplo, o Município previu gastar R$ 34,5 milhões com o sistema TRIAR e outros R$ 6,6 milhões com o subsídio pago à Comec para manter a integração de linhas metropolitanas. Ou seja, o custo final do transporte coletivo para o ano que vem será de R$ 41,1 milhões.

Com o custo do transporte coletivo definido, é hora de calcular de onde virá o dinheiro para pagar essa despesa. Pelas estimativas da Secretaria de Planejamento, R$ 26,2 milhões serão arrecadados com passagens, já considerando aí a tarifa de R$ 2,90. Falta então para fechar a conta outros R$ 14,9 milhões. É esse dinheiro que sairá dos cofres da Prefeitura a título de subsídio. Para não ter surpresas, o Município trabalha com a possibilidade de ter que destinar até R$ 18 milhões. Este número, no entanto, pode cair até para menos dos R$ 14 milhões iniciais. Tudo dependerá de como se comportará o sistema. Hoje, por exemplo, sabe-se que muitas pessoas acabam preferindo ir trabalhar de carro ou outros meios porque considera caro pagar R$ 8,50 por dia de passagem. Com a redução do valor da tarifa, pode ser que mais gente prefira ir de ônibus, o que vai aumentar a arrecadação e, consequentemente diminuir o aporte do tesouro municipal no sistema.

Quanto o Município gastou historicamente com a CMTC?

TRIAR a R$ 2,90 e gratuidades irão custar R$ 18 milhões aos cofres da Prefeitura em 2018
*Valor previsto pela SMPL

Texto: Waldiclei Barboza / Foto: divulgação

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