Briga por uma vaga de vereador será acirrada

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Projeto no Congresso Nacional pode aumentar o número de cadeiras na Câmara de Araucária de onze para dezenove

Centenas de candidatos de vem disputar uma das onze vagas de vereador de Araucária no próximo ano. Embora ainda falte mais de um ano para as próximas eleições municipais, nos bastidores as articulações para decidir quem serão os candidatos estão a todo vapor. Partidos fazem de tudo para atrair pessoas que, em tese, teriam uma certa densidade eleitoral e podem pleitear uma vaga, ou pelo menos puxar alguns votos para a legenda.

Analistas da política local estimam que dos onze vereadores vitoriosos na eleição passada, três – com certeza – não devem se reeleger. Os outros oito edis têm chances de continuar no cargo, desde que consigam se abrigar em partidos que façam legenda. Afinal, Araucária não tem nenhum candidato arrasa quarteirão, que consiga se eleger sozinho. Todos dependem de seus partidos.

Legenda
Para as próximas eleições a expectativa é que cada partido tenha que fazer cerca de seis mil votos para conseguir eleger um vereador. Como esta quantidade de votos é muito alta, os partidos devem lançar chapa completa ou mesmo se coligarem. Se escolherem a primeira opção, o partido pode lançar até 17 candidatos. Se coligar com outra sigla, este número sobe para 22, somados os postulantes de ambas as legendas.

Um ou dois
Mesmo com chapa completa, a briga deve ser acirrada dentro dos próprios partidos. Ninguém quer disputar as eleições só para fazer escadinha para velhos medahões. Veja o caso do PR (Partido da República). Lá estão Irineu Cantador, Ronaldo Martins e Lucínio Grebos. Três fortes candidatos que brigam, no máximo, por duas vagas. Desta trinca, o sol parece brilhar mais neste momento para Ronaldo. Acontece que é bem possível que Lucínio migre novamente para o PMDB e Irineu é forte candidato a vice de Olizandro.

Briga maior do que a do PR se travará no PSL, onde estão Esmael Padilha, Robinson Furman, Ozório Pereira, Gilson Karas, Ivana Opis e Marcelo do Costelão. O partido deve eleger dois candidatos. Uma destas vagas é quase certa que seja do presidente da Câmara, Esmael Padilha. Os outros devem lutar pela segunda vaga.

No PMDB, do prefeito Olizandro José Ferreira, o cenário ainda é incerto. Por lá, por enquanto, estão o suplente de vereador Rui Sérgio Alves de Souza, que até tem alguma chance de se reeleger, o diretor-presidente da Cohabitar, Alan Henning, que tem grandes chances de sair vitorioso. Afinal, ele é quem comanda a área de habitação de Araucária e, além disso, o irmão de Alan é o manda-chuva no Detran de Araucária, uma possível fábrica de fazer votos. Luiz Cláudio Both, que conseguiu mais de mil votos na eleição passada, também é outro forte postulante.

Embora, aparentemente, o plantel do PMDB não esteja com muitas estrelas, comenta-se, que o prefeito possui uma lista de nomes de pré-candidatos que ainda estão sem partido. Entre estes nomes está o da secretária de Cultura, Rosicler Almeida e dos vereadores Pedro Ferreira de Lima e Lucínio Grebos. Cogita-se também que o próprio vereador licenciado e secretário de Esporte e Lazer, Wilson Roberto Mota, hoje no PSDB, possa migrar para o PMDB. Se isto acontecer, ele deve ser o candidato mais votado do partido.

Outras siglas, como o PP, PTB, PPS, PTN também tem grandes chances de fazer um vereador. Porém, destes, a situação do PPS é delicada. É lá que está filiado o vereador licenciado e secretário de Saúde, Josué Kersten, um candidato com uma grande densidade eleitoral. No entanto, fora Josué, o PPS não tem outros nomes consideráveis para puxar votos. Logo, é possível que o secretário consiga uma ótima votação e mesmo assim não consiga se reeleger.

Oposição
Se do lado de Olizandro a situação está indefinida, na oposição a situação também não é nada fácil. O PDT de Clodoaldo, além do próprio, só tem, por enquanto, o sindicalista Nilton Campos e o vereador Renaldo Rodrigues, como candidatos com alguma densidade eleitoral e isso pode dificultar na hora de formar legenda para fazer um vereador.

O mesmo acontece com o PSDB, que sem Betão fica sem nenhum nome de peso para disputar uma vaga no Legislativo, já que muitos dão como certo que o vereador Luis Henrique Ozório Vicente, o Ike, não se reelege nem com reza brava.

A principal adversária do prefeito Olizandro nas próximas eleições, a deputada Rosane Ferreira(PV), também deve enfrentar muitos problemas para formar uma chapa de candidatos a vereador para disputar as próximas eleições. Comenta-se que no PV o candidato com maior número de votos é o próprio marido da deputada, o Dr. Cid. Porém, mesmo que ele consiga uma esplêndida votação, dificilmente o PV consegue eleger um vereador.

Com estes e outros aperitivos, a disputa pelas cadeiras da Câmara promete ser acirrada e vai exigir dos candidatos que realmente querem se eleger muita disposição e igual quantidade de dinheiro. O negócio agora é esperar pra ver.

Onze ou dezenove vagas?
Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do deputado federal Pompeo de Mattos, que aumenta o número de vereadores nos municípios brasileiros, deveria ter sido votada esta semana na Câmara dos Deputados, em Brasília. Porém, o Congresso entrou em recesso e a proposição não foi aprovada. Segundo o presidente do PSL local, Robinson Furman, ele conversou com o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) esta semana e este teria lhe dito que dificilmente a PEC dos vereadores seja aprovada.

Com isso, o sonho de muitos candidatos a vereador em Araucária de conseguir se eleger fica mais distante. Acontece que se a proposta que está em Brasília fosse aprovada o número de vagas na Câmara de Araucária aumentaria das atuais 11 para 19. Do mesmo modo, a fatia do Orçamento municipal que teria que ser destinado ao Legislativo também aumentaria dos atuais 6% para 6,5%.

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