Com nariz de palhaço, grupo protesta na Câmara

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Principal motivo para a manifestação foi a aprovação do projeto de lei que permite a reeleição dos diretores das escolas municipais

Já foi o tempo em que as sessões plenárias da Câmara de Vereadores eram monótonas.

Agora, a cada votação, os presentes podem se deparar com uma surpresa vinda das cadeiras do plenário. Só nesta legislatura já aconteceu no local um protesto silencioso, onde um grupo de pessoas permaneceu com amarras na boca durante a votação. Depois o espaço foi invadido por munícipes vestidos de fantasmas e no dia 17, foi a vez de algumas pessoas protestarem usando um nariz de palhaço. Ou seja, o plenário da Câmara é um show à parte. E a entrada é franca, respeitável público.

O motivo do protesto de ontem foi, principalmente, o projeto de lei que permite que os diretores de escolas municipais se candidatem à reeleição quantas vezes quiserem (pela lei anterior, eles só poderiam se reeleger uma única vez) e também contra a indicação, pela SMED, dos coordenadores de Cmeis com menos de 100 crianças (antes os coordenadores de todas as creches eram escolhidos pela comunidade).

Os lados
De acordo com o Conselho Municipal de Educação (CME), a proposta foi votada às escondidas. “Nós ficamos sabendo da alteração pelo jornal”, disse o presidente do órgão, Aldinei. Ainda segundo ele, assim que o conselheiros souberam da proposta de alteração, eles procuraram os vereadores para discutir o assunto. “Na tarde de hoje (ontem) tivemos uma reunião com os vereadores que fazem parte da Comissão de Educação da Câmara e eles nos garantiram que iriam tirar o projeto de votação para discuti-lo melhor com o Conselho”, disse Aldinei. Os vereadores que teriam participado da reunião foram Rui Sérgio Alves de Souza e Lucínio Grebos.

Questionado sobre a promessa feita ao CME, Rui Sérgio confirmou que ele o Lucínio se comprometeram a tentar tirar a proposição de votação, mas não obtiveram êxito. “Conversamos com alguns vereadores, mas eles acharam melhor seguir com a votação”, resignou-se. Embora tenha votado a favor da alteração na lei de diretores, Rui disse considerar que a Câmara e o Executivo falharam na matéria e geraram um desgaste desnecessário.

“O Conselho me informou que a SMED havia se comprometido com o órgão a não alterar a lei. Não entendo o porquê de não terem cumprido o combinado”, considerou. Ainda segundo ele, como a proposta veio para ser votada em regime de urgência, não conseguimos apreciá-la da melhor maneira possível. “Foi uma falha minha como representante da comunidade”, ensinou.

Questionada sobre o tema, a secretária de Educação, Ivana Opis, admitiu que, num primeiro momento, havia se comprometido em não alterar a lei. “Porém, em algumas reuniões feitas com a comunidade, inclusive, com a presença do prefeito Olizandro, pais de alunos pediram para que a lei fosse alterada”, explicou. A secretária disse ainda não ver problemas com a mudança. “Todos podem se candidar. A comunidade decide quem ela quer eleger”, resumiu.

Ações
O presidente do Conselho de Educação, afirmou que acionará a assessoria jurídica da entidade para tentar reverter a situação. “Acho difícil reverter, mas vamos tentar”, afirmou.

Compartilhar
PUBLICIDADE