Moradores do Jd. Tropical reclamam de abandono

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Moradores do Jardim Tropical estão reclamando da falta de atenção ao bairro por parte das autoridades municipais. Segundo eles, os problemas da comunidade são muitos, mas a falta de segurança lidera a lista.

A moradora Débora Olescki, que mora no bairro há 25 anos, conta que quando veio morar no Tropical havia poucas casas, muito mato e estradas de carroça. “Passados todos esses anos, o bairro mudou pouca coisa. Comunidades bem mais novas foram valorizadas, receberam infra-estrutura.

E o Jardim Tropical continua esquecido. Um espaço urbano que cresceu sem o mínimo de planejamento. Sem escola, creche, área de lazer, asfalto, esgoto e, principalmente, a segurança”, reclama.

Débora acrescenta que é impossível sair e deixar a casa vazia, pois os assaltos são freqüentes. “A gente tem que pensar duas vezes antes de sair, pois como aqui não temos policiamento, os roubos nas casas são bem comuns”, disse.

O metalúrgico Gilberto Ferreira, que também mora no Tropical, concorda com a vizinha quando esta reclama da insegurança na região. “A viatura da polícia passa por aqui de vez em quando. Minha casa já foi roubada e agora, pra ir até a esquina, temos que deixar alguém cuidando”, fala.
O casal André Fabienski e Lucimara Levandoski Carvalho também concorda com as reclamações. “A polícia só aparece quando chamamos. Nosso bairro está abandonado, nenhum político ou autoridade vem aqui nos visitar, só em época de campanha”, denuncia.

Sem estrutura
O sub-comandante da 2ª Cia da PM em Araucária, Tenente Luciano Rasera, explica que as rondas seguem o que determinam as estatísticas e são executadas nos bairros com maior índice de ocorrências. Segundo o militar, o Jardim Tropical é um bairro de poucas chamadas, mas sempre que a PM é acionada, desde que disponha de viaturas, vai até o local.

“Acredito que a população tem o direito de denunciar, mas é preciso reclamar para os órgãos corretos. Por exemplo, se os moradores do Tropical estão se sentindo inseguros, o seu representante legal, no caso o presidente da associação de moradores, deve conversar com a PM e solicitar mais policiamento”, disse.

O sub-comandante afirma ainda que a própria população não costuma colaborar muito com a polícia, pois nem sempre denuncia casos de violência e isso acaba prejudicando as estatísticas. “A bola de cristal da PM está estragada e nós precisamos da ajuda da comunidade para saber onde os crimes estão ocorrendo”, brinca.

Além disso, o militar lembra que a estrutura da Companhia deixa a desejar. Para atender uma população de cerca de 118 mil habitantes, o município dispõe de apenas oito viaturas e 70 policiais, que se revezam em turnos. “Se fossem 70 homens por turno seria quase o ideal”, compara o tenente.

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