As recentes notícias veiculadas na imprensa sobre os casos de febre amarela registrados no Brasil, deixaram os araucarienses preocupados com a doença. Nos últimos dias, eles começaram a procurar as unidades de saúde do município para buscar informações e tomar a vacina.
De acordo com o departamento de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde, a procura entre as pessoas que vão viajar e mesmo entre aquelas que permanecerão na cidade, aumentou consideravelmente. A vacina contra febre amarela está sendo aplicada em todas as unidades de saúde do município.
Apesar do Paraná não apresentar nenhum caso da doença desde 1942, a região Oeste do Estado é uma área considerada de transição, isto é, há circulação de primatas não-humanos (macacos) que podem ser hospedeiros da doença.
“É um alerta para que as pessoas tomem consciência da importância da vacinação. A principal arma contra a febre amarela é a vacinação prévia.
Para as pessoas que irão viajar para locais de risco a vacinação deve ser no mínimo 10 dias antes”, disse o secretário estadual da Saúde, Gilberto Martin.
As áreas que o Ministério da Saúde determinou como sendo de risco são os Estados que compõem a Região Norte e Centro-Oeste do país, Maranhão e Minas Gerais. Além do oeste de Piauí, São Paulo e Santa Catarina e as regiões sul da Bahia e Espírito Santo.
Imunização
A vacinação contra a febre amarela é feita após os nove meses de idade e deve ser renovada a cada 10 anos.
Todos os postos de saúde do Estado dispõem da vacina para a população durante o ano todo. Não há efeitos colaterais para a aplicação, embora algumas pessoas apresentem sintomas como dor local, febre e dor de cabeça.
Os sintomas iniciam-se de maneira súbita, com febre alta, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos. Geralmente no terceiro ou quarto dia, há uma melhora geral e a febre desaparece.
Em alguns casos, os sintomas podem evoluir para a forma grave, voltando a apresentar febre, diarréia e vômitos. A pele fica amarela e aparecem hemorragias nas gengivas e narinas.
Os rins deixam de funcionar e nesse estágio o doente pode apresentar confusão mental, evoluir para o coma e chegar à morte.