Vencer!

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Escolher bem a meta a atingir é determinante para nos tornarmos vitoriosos. Sem meta alguma, como saberemos se a vitória foi alcançada? Saber dosar e estabelecer os patamares a serem alcançados em é fundamental para que não sejamos eternos insatisfeitos ou soberbos de vitórias sem maior significado. Outro dia tive oportunidade de conviver com dois cidadãos já maduros que me deram importantes lições de como encarar os desafios do cotidiano. Ambos tem trajetórias profissionais distintas com formações diversas e padrões de consumo diametralmente opostos, no entanto conseguem sentir-se bem ao buscar amparo na fé em um Deus bom, felizes e satisfeitos com as metas que vem alcançando. Óbviamente que, para se declarar satisfeitos, precisaram ignorar uma série de apelos e não aceitaram outro tanto de desafios. Na mesma semana, conversei com um sobrinho que recém está saindo da adolescência e já traça planos, preparando o terreno para que possa colocá-los em prática, mesmo sabendo do grande esforço intelectual que terá que fazer. Justo ele, que tanto gosta de atividades ao ar livre, terá de passar longas horas confinado em salas de aula e varar madrugadas estudando. Só assim conseguirá vencer a barreira do vestibular de curso e universidade com forte concorrência e se firmará na profissão que escolheu. O desafio a ser enfrentado e a vontade de superá-lo precisarão fazer com que ele permaneça feliz para continuar em tão intensa atividade, com a mesma alegria que vem demostrando. Não vi diferença na receita de vitória nos dois extremos da existência que comparei: a mensuração do desafio e a confiança em vencê-lo foram destaque nos dois casos. Jovens com perspectivas de desafios superáveis e interessantes mostram-se menos angustiados e deslocados. Idosos que souberam colocar limites em suas ambições, compreendendo a necessidade de continuar superando obstáculos, demonstram maior paz interior e maior tranquilidade com a aproximação do fim de sua existência. Vencer é importante sim, desde que se avalie o custo da vitória e os reais ganhos que ela nos trará. Se focarmos apenas na riqueza material, ou na sensação de poder, o mais pode significar menos e não haverá limite para tal crescimento fazendo com que o sentimento de vitória talvez nunca chegue.

Júlio Telesca Barbosa
Engenheiro Agrônomo

 

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