O amor acima de tudo

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O jeito de ser e de agir de Jesus era profundamente amoroso e compassivo para com todos. Nunca ninguém amou tanto como este homem, a ponto de dar a vida para nos salvar. Todos seus gestos foram carregados de um imenso amor para com todas as pessoas. Ele não fazia acepção de cor, sexo ou status, pelo contrário, dava grande preferência aos mais simples, humildes, pobres e marginalizados.

Enquanto os fariseus, guiados por severas leis que proibiam, julgavam e condenavam, ele agia amando, acolhendo, escutando, valorizando a cada um, movido por um amor sem limites. Para ele, o ser humano e o seu bem eram prioridades, entrando muitas vezes em atrito com os fariseus, que colocavam a lei do sábado, acima de tudo. Para Jesus, o amor era a lei suprema, mesmo que para isso tivesse que transgredir leis sacramentadas através da tradição e da imposição dos líderes religiosos da época.

Nos evangelhos encontramos diversas passagens onde Jesus demonstra um amor tão grande, capaz de transformar a vida da pessoa em questão. Somente o amor pode mudar as relações humanas, o jeito de ser e de viver da raça humana. Ele mesmo disse que veio dar pleno cumprimento à lei, ou seja, amar os inimigos. A falta de amor cria inveja, ciúmes, contendas, competições, brigas, desavenças, ódio, vingança e, tantas vezes, a morte. O amor, pelo contrário, une, aproxima, quer o bem do outro, e valoriza a cooperação, em vez da competição. O verdadeiro amor fará a revolução no mundo, onde todos possam viver como irmãos, querendo o bem uns dos outros.

O encontro de Jesus com a mulher pecadora é um exemplo claro de que somente o amor cura, liberta e muda o jeito de ser da pessoa humana. Enquanto os fariseus e doutores da lei pegaram pedras para apedrejar aquela pobre mulher, já tão frágil e debilitada porque pega em adultério, Jesus, pelo contrário, olha com ternura e a acolhe na sua miséria. Ele não julga e nem condena, mas ama, demonstra compaixão e misericórdia. O impressionante neste caso é o fato de que a mulher estava condenada; mas onde estavam os homens aproveitadores daquele pobre ser humano? Se houve adultério, é porque algum homem se aproveitou daquela mulher. Este fato demonstrava a sociedade tremendamente machista da época de Jesus. Ele não condena, mas sim, ama.

Jesus não concordou com a atitude daquela mulher, mas, se por um lado ele condena o pecado, porque destrói e diminui a pessoa, por outro, ele acolhe profundamente o pecador. Ele diz: ‘ninguém te condenou? Eu também não. Vai em paz e não peques mais’. O amor de Jesus exige mudança de vida, mas, eu tenho certeza, que a acolhida de Jesus, mudou radicalmente e para sempre a vida daquela pobre mulher. Tornou-se, inclusive, uma das seguidoras fieis do Mestre. Tanto amor só podia levar a uma verdadeira transformação e radical mudança de vida.

Assim como Jesus, somos chamados a amar, buscando sempre e acima de tudo, o bem do nosso irmão. Nada de julgamento, condenação, moralização, pois isso não cura, não salva, muito pelo contrário, distancia, afasta e humilha. Seguindo os passos do Mestre, somos desafiados a agir de modo compassivo, humano e respeitoso. Em qualquer lugar que estivermos, na família, comunidade ou trabalho, deixemos que brote dentro de nós, o amor, a ternura, a acolhida, o respeito, a compaixão, pois, somente estas atitudes são capazes de mudar, transformar e revolucionar a humanidade. Foi o que fez Jesus durante toda sua vida.

Publicado na edição 1157 – 04/04/2019

O amor acima de tudo

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